Mulher é encontrada morta com sinais de facada no RJ, e parentes apontam transfobia

Julia Nicolly Moreira era técnica de enfermagem e trabalhava em hospital pediátrico de Niterói; carro dela foi roubado

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Rio de Janeiro

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a morte de Julia Nicolly Moreira da Silva, 34, encontrada com sinais de golpes de arma branca, semelhantes a facadas, dentro de casa, na noite de quarta (26), em Belford Roxo (a 35 km da capital).

Julia era mulher trans e trabalhava como técnica em enfermagem em um hospital de Niterói. Nas redes sociais, familiares e amigos apontam de crime de transfobia.

A Polícia Militar diz ter sido acionada na noite de quarta para uma ocorrência de homicídio no bairro de Vila Pauline, em Belford Roxo. De acordo com o comando do 39º BPM (Belford Roxo), os policiais encontraram a mulher já em óbito.

Mulher se fotografa de frente para o espelho. Ela segura um celular, com capa prateada em tons brilhosos. Possui aliança em um dos dedos. Ela está com uma blusa preta, sem mangas. Seus cabelos são pretos e lisos
Julia Nicoly Moreira da Silva era técnica de enfermagem e trabalhava em um hospital pediátrico de Niterói (RJ). Mulher trans, ela foi encontrada morta dentro de casa em Belford Roxo (RJ) - Reprodução/Facebook

"O autor do fato teria roubado o carro da vítima, que foi recuperado por guarnições do batalhão, na região do Parque São José", disse a Polícia Militar, em nota.

O caso foi registrado na DHBF (Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense), que fez uma perícia na casa de Julia e instaurou inquérito. A Polícia Civil diz que investigações estão em andamento para identificar a autoria do crime.

Julia era funcionária da OS (Organização Social) Ideias e trabalhava na unidade de clínica pediátrica do hospital Getulinho, administrado pela Prefeitura de Niterói e especializado em pediatria. A técnica em enfermagem trabalhava no turno da noite.

Em publicação nas redes sociais, a secretaria de Saúde de Niterói lamentou a morte de Julia.

"Seus colegas afirmam que ela sempre foi muito comprometida, competente e prestativa. Julia era assumidamente uma mulher trans. É de se lamentar o contexto da violência que a população LGBTQIA+ sofre constantemente em todo o país", disse a pasta.

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