Descrição de chapéu violência

Operação para encontrar suspeitos de matar PM da Rota deixa 1 morto em Guarujá (SP)

Secretário de Segurança Pública diz que 4 responsáveis por ataque a policiais foram identificados

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São Paulo

A operação policial feita em Guarujá, na Baixada Santista, em busca do suspeitos de matar o soldado da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Patrick Bastos Reis, resultou na morte de uma pessoa e na prisão de outras duas.

A ação foi desencadeada nesta sexta-feira (28), um dia após o PM ser baleado na Vila Zilda, periferia da cidade.

Em uma rede social, o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmou que quatro pessoas envolvidas na morte de Reis foram identificadas, entre as quais o responsável por atirar no soldado. Este último suspeito ainda não foi encontrado.

Soldado da Rota foi morto durante patrulhamento na comunidade Vila Zilda, em Guarujá
Soldado da Rota foi morto durante patrulhamento na comunidade Vila Zilda, em Guarujá - Reprodução/Redes Sociais

Derrite esteve nesta sexta-feira na cidade do litoral paulista com o comandante-geral da PM, coronel Cássio Araújo de Freitas, e delegado-geral, Artur Dian.

Em entrevista coletiva no início desta noite, Derrite confirmou que grupos especiais das polícias Civil e Militar desceram para a Baixada Santista pela manhã.

"Uma [nova] operação, comandada pelo coronel Cássio foi desencadeada [no litoral], além da que já estava em ação", afirmou.

Segundo ele, os quatro suspeitos foram identificados com base em uma nota fiscal de venda de um salgado. O comprovante foi encontrado próximo do local onde houve o ataque aos policiais da Rota.

No bar onde foi comprado o alimento, foram identificadas roupas de uma mulher, que acabou presa depois. Para encontrá-la, também houve o uso de imagens de câmeras de monitoramento.

De acordo com o secretário, a mulher confessou fazer parte da organização que vende drogas no local e apontou os demais suspeitos.

O outro preso, também de acordo com o secretário, confessou que estava no local no momento do disparo contra o PM, que, segundo ele, teria sido feito por uma pessoa de apelido Deivinho, ainda não encontrado.

Sobre a morte do suspeito, o secretário disse que um homem, que estava armado com uma pistola calibre .45 resistiu a uma abordagem de PMs da Rota e atirou contra os policiais, que revidaram.

"Ele foi identificado como principal líder da organização criminosa [tráfico] da Baixada Santista", afirmou Derrite, dizendo que o suspeito morto tem o apelido de Barrabas.

A operação também conta com equipes da Guarda Municipal de Guarujá.

Segundo o boletim de ocorrência, durante um patrulhamento de rotina na Vila Zilda, Reis e o cabo identificado apenas como Marin escutaram diversos estampidos característicos de arma de fogo. Eles, então, aceleraram a viatura em que estavam para deixar o local.

Logo depois, informaram que haviam sido baleados. Reis foi atingido na axila, e Marin, na mão esquerda.

O secretário disse na entrevista coletiva que o disparo contra o policial foi dado a uma distância de 60 a 70 metros.

Os dois policiais foram socorridos, mas Reis não resistiu e morreu. Marin permanecia internado em observação.

Ainda de acordo com o registro policial, não há marcas de tiros na viatura nem indícios de quem fez os disparos contra os PMs.

Reis ingressou na PM em 7 de dezembro de 2017 e, segundo a corporação, "exerceu suas funções com grande dedicação e zelo com o que lhe era confiado, sendo um profissional dedicado, amigo e exemplar.

O policial deixou a mulher e um filho de dois anos.

O corpo de Reis foi levado do quartel da Rota, na Luz, em um caminhão do Corpo de Bombeiros até o Mausoléu da PM no cemitério do Araçá, no centro de São Paulo. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e centenas de policiais acompanharam o sepultamento no fim da tarde de sexta.

Tarcísio e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) se manifestaram sobre a morte em redes sociais.

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