Descrição de chapéu greve

Professores de unidade da USP aderem à greve iniciada por estudantes

Em assembleia, docentes da FFLCH decidiram parar até a próxima terça (26); universitários protestam contra falta de professores

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São Paulo

Professores da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) da USP (Universidade de São Paulo) anunciaram apoio à greve iniciada por alunos da unidade. A iniciativa foi aprovada em assembleia realizada na tarde desta quarta (20).

A paralisação dos docentes deve durar, ao menos, até a próxima terça-feira (26), quando nova deliberação está agendada.

Cartazes colocados por estudantes no prédio da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) da Universidade de São Paulo nesta quarta-feira (20) - Ronaldo Silva/Ato Press/Ato Press/Agência O Globo

Michele Schultz, presidente da Associação de Docentes da Universidade de São Paulo, diz ser impossível mobilização ativa sem a participação da classe. "As reivindicações estudantis também são de nosso interesse."

A reportagem apurou que os demais funcionários da FFLCH também discutem aderir ao protesto. Procurada, a direção da unidade não se manifestou sobre o tema.

Letras e geografia puxaram boicote

O imbróglio começou na noite de segunda-feira (18), quando alunos dos cursos de letras e de geografia pretendiam realizar protesto contra a falta de professores.

Por volta das 19h, a diretoria da FFLCH enviou um email aos estudantes informando que todas as atividades estavam suspensas. Na sequência, os prédios foram esvaziados e trancados, devido ao temor de que fossem invadidos. A Guarda Universitária foi acionada na sequência, e viaturas da Polícia Militar foram enviadas ao local.

Após a ação, alunos de outros cursos da FFLCH —ciências sociais, história e filosofia— decidiram apoiar a paralisação. Já nesta manhã, representantes das demais unidades de ensino da instituição votaram por se unir aos grevistas.

Na segunda, uma lista de exigências foi endereçada ao diretor do espaço, Paulo Martins: liberação dos prédios; saída dos agentes de segurança dos espaços estudantis; o agendamento de uma reunião entre a reitoria da USP e os alunos; e uma retratação pública de Martins, gravado xingando os protestantes.

Os dois primeiros pontos foram atendidos. O restante está em negociação.

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