Descrição de chapéu Robinho Futebol

Tribunal de Milão diz que Robinho 'desprezou' vítima de abuso

Segundo juíza, mensagens do atacante tratavam o caso com 'termos chulos'

Robinho com a mão na boca durante partida do Milan
Robinho jogava no Milan quando teria violentado jovem albanesa - Olivier MORIN - 28.set.2013/AFP
São Paulo

A juíza Mariolina  Panasiti, da nona seção do Tribunal de Milão, afirmou em relatório divulgado nesta quinta-feira (22) que o atacante brasileiro Robinho mostrou "desprezo absoluto" pela jovem albanesa que teria sido abusada sexualmente por ele e outros cinco amigos enquanto estava inconsciente em uma casa noturna na cidade italiana, em 22 de janeiro de 2013.

Robinho foi condenado em primeira instância pelo tribunal a 9 anos de prisão por "violência sexual em grupo". No relatório, a juíza diz que decidiu pela pena após "avaliar a personalidade dos perpetradores de abuso".

Segundo ela, em "conversas interceptadas", o atleta usou "termos chulos e desdenhosos", que seriam "sinais inequívocos de falta de escrúpulos e quase consciência de uma futura impunidade". Ela completa dizendo: "Isso levou o acusado até mesmo a rir várias vezes do incidente, destacando assim um absoluto desrespeito pela condição da vítima."

A defesa do atleta, que atualmente joga pelo Sivasspor, da Turquia, afirma que não há nenhuma prova de que a albanesa não tenha consentido com a relação, nem de que ela teria ingerido bebida alcoólica. No Facebook, a equipe de Robinho diz que ele "já se defendeu das acusações, afirmando não ter qualquer participação no episódio". Os advogados do atleta entraram com recurso na Justiça italiana.

A vítima, que na época do abuso tinha 22 anos, afirmou em depoimento que conhecia Robinho e alguns de seus amigos e estava com o grupo e duas amigas no Sio Café, em Milão, para uma festa de aniversário. Em determinado momento, suas amigas foram embora e o atleta, que na época jogava no Milan, levou a esposa para casa.

Os réus então teriam oferecido bebida à vítima até "deixá-la inconsciente e incapaz de se opor". Na reconstrução elaborada pela Procuradoria, o grupo levou a jovem para o guarda-volumes da boate e, se aproveitando de seu estado, manteve múltiplas e consecutivas relações sexuais com ela. 

Com informações da Ansa

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