Skate brasileiro dá largada em busca de medalhas na Olimpíada

Confederação nacional escolheu 16 atletas que receberão verba para disputar competições

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O skatista da seleção brasileira Murilo Peres, 22, pratica em pista do parque Chácara do Jockey, em São Paulo
O skatista da seleção brasileira Murilo Peres, 22, pratica em pista do parque Chácara do Jockey, em São Paulo - Danilo Verpa/Folhapress
Marcelo Laguna
São Paulo

O anúncio feito no começo de abril da convocação da seleção brasileira de skate, modalidade que passará a ser olímpica em Tóquio-2020, deu a largada oficial da preparação do país para os próximos Jogos.

Mas mesmo com atraso de um ano, por causa dos problemas de reconhecimento da CBSK (Confederação Brasileira de Skate) junto ao COB (Comitê Olímpico do Brasil), o Brasil já desponta como favorito a subir ao pódio no Japão.

O presidente da CBSK, Bob Burnquist, e o diretor da entidade Sandro Dias, o Mineirinho, escolheram 16 integrantes nas equipes de park e street (provas que estarão na Olimpíada).

Desses, 7 estão entre os 15 melhores do ranking da temporada de 2017 estabelecido pela produtora The Boardr. A lista é feita pela empresa de eventos americana, que promove algumas das principais provas do circuito mundial.

Por ter sido aprovado pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) apenas em 2016, o skate não conta ainda com um ranking global consolidado, que passará a existir a partir do ano que vem, na reta final da qualificação para Tóquio.

“Serão 20 atletas por prova e como uma vaga já é do Japão, estamos na briga pelas outras 19. Ainda é um pouco precipitado falar em números, mas trabalhamos com a possibilidade de levar dez atletas para a Olimpíada”, afirma Eduardo Musa, vice-presidente da CBSK.

A contabilidade do dirigente não peca pelo otimismo exagerado. No cenário do skate mundial, o Brasil é uma das potências, ao lado dos Estados Unidos, onde o esporte foi criado, na década de 1950, e da Austrália.

“As medalhas na Olimpíada ficarão entre esses três países. Mas o Brasil irá subir ao pódio, tenho certeza”, diz Murilo Peres, 22 anos, 14º colocado na lista da The Boadr e um dos escolhidos para integrar a seleção em 2018.

Os eleitos para essa primeira equipe brasileira contarão com alguns benefícios ao longo da temporada.

Eles terão direito a quatro viagens para participar de competições internacionais, ajuda de custo e plano de saúde.

Também receberão o suporte de uma equipe multidisciplinar, formada por médicos, fisioterapeutas e preparadores físicos.

A partir de 2019, o ranking será fechado com base nos resultados do circuito brasileiro de street e park, que começarão a ser disputados este ano, segundo Musa.

Para quem já conta com ajuda de patrocinadores pessoais para disputar grandes competições internacionais, o apoio da confederação nem fará tanta diferença. A entidade está de olho na nova geração.

“Tem atleta que, no ano passado, não disputou nenhum torneio no exterior. Mas alguns terão essa oportunidade pela primeira vez”, diz o vice-presidente.

Uma das beneficiadas será Isadora Pacheco, 33ª na lista da The Boadr, de apenas 14 anos. De acordo com Musa, ela poderia ter entrado no time em um planejamento 

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