Tribunal arquiva inquérito sobre interferência externa na final do Paulista

TJD considerou provas insuficientes para atender pedido de impugnação do jogo

Bruno Rodrigues
São Paulo

O Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD-SP) informou, na tarde desta segunda-feira (23), que irá arquivar o inquérito que apurava se houve interferência externa na arbitragem do segundo jogo da final do Paulista, entre Palmeiras e Corinthians, no Allianz Parque. 

O clube alviverde pedia a impugnação da partida por considerar que houve interferência externa no lance do pênalti que primeiro foi marcado, depois corrigido pelo árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza.

Segundo relatório lido por Marcelo Augusto Gondim Monteiro, relator do caso, o Palmeiras não apresentou elementos suficientes que pudessem comprovar interferência do diretor de arbitragem da Federação Paulista de Futebol, Dionísio Roberto Domingos, que estava à beira do gramado. 

Árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza durante a final do Campeonato Paulista
Árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza durante a final do Campeonato Paulista - Robson Ventura/Folhapress

"O caso está exaurido da parte da relatoria. Fatos novos poderão ensejar outra investigação. Esta particularmente está encerrada a partir do momento da entrega do relatório com os apontamentos que fizemos", disse Marcelo Monteiro, na sede do TJD-SP.

No relatório, cuja leitura das 17 laudas levou mais de 40 minutos, os depoimentos dos árbitros e assistentes envolvidos na partida confirmam a presença de Dionísio Domingos na partida, mas como tutor da arbitragem, e dizem não ter recebido nenhum tipo de conselho por parte dele. 

Com o arquivamento do caso, o Palmeiras pode recorrer no pleno do TJD-SP. Novas provas que o clube eventualmente possa apresentar darão início a um novo processo. 

Clayson e Felipe Melo pegam gancho 

O Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo também definiu nesta segunda-feira (23) as punições a atletas de Corinthians e Palmeiras que se envolveram em confusão pouco antes do intervalo da primeira partida da final do Paulista, em Itaquera.

Clayson e Felipe Melo, que já têm histórico de confusão em outros clássicos, pegaram 4 e 5 jogos de suspensão, respectivamente. A punição vale para o próximo Campeonato Paulista.

O zagueiro corintiano Henrique também foi denunciado por um suposto cuspe em Borja no lance que originou a briga. Porém, foi absolvido pelo tribunal, juntamente com o atacante Lucca, do Corinthians, e do assistente técnico palmeirense Roberto Ribas, ambos citados.

Além das denúncias contra atletas e comissão técnica, o Corinthians foi julgado por episódios de suposta desordem no referido clássico. Mais especificamente, o arremesso de um copo, de pipoca e o uso de sinalizadores por parte da torcida. Absolvido nos episódios do copo e da pipoca, o clube, contudo, foi multado em R$ 30 mil pelos sinalizadores.

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