A Conmebol (confederação sul-americana) informou neste sábado (12) que 13 integrantes da delegação da seleção de futebol da Venezuela foram diagnosticados com Covid-19. Anteriormente, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal havia anunciado que eram 12, incluindo oito jogadores e quatro membros da comissão técnica.
A seleção está em Brasília para o jogo marcado contra o Brasil neste domingo (13), às 18h, no estádio Mané Garrincha, pela estreia da Copa América.
Em entrevista coletiva no fim da tarde deste sábado concedida pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a pasta confirmou ter recebido a notificação de 12 casos e que provavelmente ainda seria informada do 13º diagnóstico, sem confirmação, até agora, de que se trata ou não de mais um jogador.
Segundo o ministro, outros 40 integrantes da delegação realizaram novos testes, que deram negativo. "Os testes estavam previstos. Só detectamos os casos positivos porque fizemos os testes", disse o ministro.
Os 13 diagnosticados estão isolados em um hotel em Brasília. De acordo com Queiroga, essas pessoas só poderão deixar o Brasil após cumprir quarentena e com teste negativo para a Covid-19.
Mais tarde, na noite deste sábado, a delegação da Bolívia informou que teve quatro casos detectados, entre eles de três jogadores.
A possibilidade de um problema maior na Venezuela era conhecida antes mesmo do embarque ao Brasil, já que o capitão, Tomás Rincón, permaneceu isolado em Caracas após um quadro viral. Outros dois jogadores da seleção comandada pelo técnico português José Peseiro, Wilker Ángel e Rolf Feltscher, foram excluídos da lista inicial após casos da Covid-19.
Quinze novos atletas foram convocados neste sábado. Na sexta-feira, a Conmebol retirou do regulamento o limite de cinco substituições na lista de jogadores inscritos na competição em casos de coronavírus.
A seleção da Venezuela fez um voo fretado (como serão todos na disputa da Copa América) direto de Caracas para Brasília. Apenas a delegação envolvida no torneio estava presente.
Na última segunda (7), o Ministério da Saúde divulgou informações sobre os protocolos de segurança na Copa América. Pelas regras, os jogadores deverão ser testados a cada 48 horas e não poderão sair do hotel, exceto para ir aos treinos ou por questão de saúde.
O protocolo foi dividido em fases: viagem, hospedagem, testagem, treinos, jogos e retorno das equipes aos países de origem. As delegações, assim que chegarem ao Brasil, serão testadas dentro dos hotéis.
Além disso, as equipes usarão voos fretados e ônibus individuais, que serão higienizados antes e depois do uso.
Marcelo Queiroga disse que a testagem será feita com o exame RT-PCR e que nenhum teste será realizado pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Todos os jogadores terão seguro de vida e, caso haja necessidade, serão atendidos por hospitais privados.
O chefe da pasta também falou que os atletas não seriam obrigados a tomar vacina para disputar o campeonato. Ele argumentou que a aplicação do imunizante naquele momento não causaria a imunidade até o início da competição.
“Não se fará esforço maior para vacinar esses atletas porque a vacina poderia até causar algum tipo de reação e comprometer o ritmo competitivo dos jogadores”, disse.
Segundo o coordenador operacional da Copa América, André Pedrinelli, seis das dez equipes já estavam imunizadas ocasião e duas terminariam a imunização ao longo da semana.
De acordo com ele, entre jogadores e membros das comissões técnicas das dez seleções, haverá 650 pessoas envolvidas no torneio, além de 450 ligadas à Conmebol espalhadas pelas quatro sedes: Rio de Janeiro, Goiânia, Cuiabá e Brasília.
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