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22/07/2004 - 15h47

Relatório propõe órgão unificado contra terrorismo nos EUA

da BBC Brasil

A comissão bipartidária que investigou as circunstâncias dos atentados de 11 de setembro de 2001 recomendou nesta quinta-feira uma revisão completa dos serviços de inteligência dos Estados Unidos.

O vice-presidente da comissão, Lee Hamilton, revelou que o relatório apresentado nesta quinta recomenda a criação de um novo centro contra o terrorismo e a escolha de um diretor nacional de inteligência para fiscalizar as operações.

"Estamos recomendando um centro nacional contra o terrorismo. Nós precisamos de unidade efetiva no esforço contra o terrorismo. Devemos criar um centro nacional para unificar toda a inteligência e as operações contra o terrorismo dentro e fora do país em uma organização", disse Hamilton.

Nos Estados Unidos, a comissão defendeu a utilização de recursos para aumentar a segurança nos meios de transporte e garantir controles melhores nas fronteiras e nos pontos de entrada do país.

"Precisamos definir prioridades claras para a proteção de nossa infra-estrutura e a segurança de nossos transportes", afirmou o vice-presidente da comissão.

"Nós precisamos fortalecer as fronteiras com padrões mais rígidos e unificados de identificação de quem entra e sai do país, e um sistema de imigração eficiente para permitir a entrada de boas pessoas e manter terroristas distantes."

Mundo islâmico

O relatório da comissão diz que o governo falhou ao não perceber a magnitude de uma ameaça que se desenvolveu ao longo do tempo.

De acordo com o presidente da comissão, Thomas Kean, os mentores do atentado foram flexíveis e tinham muitos recursos.



Segundo Kean, nenhuma das medidas de segurança adotadas pelos Estados Unidos antes do 11 de Setembro atrapalharam ou atrasaram os ataques.

Hamilton disse que não há uma maneira fácil de derrotar o terrorismo islâmico e afirmou que é essencial matar ou capturar terroristas e destruir a habilidade deles de movimentar homens e dinheiro ao redor do mundo.

Ao mesmo tempo, de acordo com o vice-presidente da comissão, jovens do mundo islâmico precisam receber oportunidades políticas e econômicas para que possam se expressar.

"Precisamos participar da batalha de idéias dentro do mundo islâmico, levando esperança em vez de desespero, progresso no lugar da perseguição, vida em vez de morte", disse. "Essa mensagem deve acompanhar políticas que encorajem e apóiem a maioria dos muçulmanos que compartilham esses objetivos."

Hamilton afirmou que, quando tudo tiver sido dito e feito, os Estados Unidos vão precisar preservar as "liberdades pelas quais o país está lutando".

A comissão, formada por dez cidadãos americanos (cinco indicados pelos democratas e outros cinco pelos republicanos), examinou milhares de documentos e realizou centenas de entrevistas desde o fim de 2002.
 

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