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12/01/2005 - 09h41

Eleições iraquianas têm de ser adiadas, diz editorial do NYT

da BBC Brasil

Em editorial, o jornal americano The New York Times afirma que chegou a hora de falar no adiamento das eleições iraquianas.

O jornal diz que, para que o Iraque sobreviva como uma nação, é necessário ter um governo da maioria (nesse caso, os muçulmanos xiitas), mas que garanta a proteção dos direitos básicos da minoria e dê a essa minoria espaço para opinar sobre decisões importantes.

Segundo o jornal, a violência nas áreas de população sunita (20% da população iraquiana) pode fazer com que muitos eleitores decidam por não votar ou que as eleições não aconteçam em alguns locais, o que faria com que eles se sentissem excluídos do processo.

O jornal sugere que o adiamento seja feito por um período fixo de dois ou três meses e afirma que isso não resolveria os problemas de segurança do país, mas poderia ser um sinal para os muçulmanos sunitas de que suas preocupações estão sendo levadas em consideração.

Guantánamo

A libertação de quatro prisioneiros britânicos de Guantánamo domina os jornais da Grã-Bretanha.

O The Independent diz em seu editorial que a libertação dos prisioneiros sem terem de comparecer a um tribunal americano comprovaria a falta de evidências contra eles.

"Toda a saga de Guantánamo foi uma desgraça do começo ao fim e algo que manchou a reputação dos Estados Unidos no mundo todo", diz o editorial.

O jornal diz que a notícia da libertação pode significar uma vontade de Washington de mudar sua imagem no mundo todo e talvez até ajudar Tony Blair nas eleições britânicas deste ano.

"Por causa da guerra no Iraque, os Estados Unidos podem estar querendo eliminar obstáculos desnecessários para continuar tendo boas relações com seus aliados tradicionais."

O Guardian diz que a Grã-Bretanha não pode se esquecer que outros britânicos continuarão presos em Guantánamo, e que também eles podem estar detidos sem qualquer motivo.

O Daily Mirror descreve a situação de Guantánamo como uma "mancha vergonhosa" do mundo livre, mas o tablóide The Sun alerta que os suspeitos soltos podem representar um grande risco de segurança para a Grã-Bretanha.

Argentina

O jornal Financial Times caracteriza a reestruturação da dívida argentina como "uma oferta agressiva para todos os padrões vigentes".

Apresentada como um pacote para "pegar ou largar", a proposta pede aos credores privados que desistam de 75% de seus direitos, incluindo os juros devidos, o que representa aproximadamente 50% a mais do que qualquer país em situação similar teria conseguido até agora.

Alguns analistas ouvidos pelo jornal dizem que é necessário impor penalidades onerosas para os países que não pagam suas dívidas.

Outros especialistas acreditam que a Argentina possa ter sucesso com essa oferta.

Além de uma possível grande aceitação, "as tendências de mercado recentes foram extremamente boas para a Argentina", como a queda do rendimento dos títulos americanos e a recuperação da dívida de mercados emergentes, o que melhorou o valor relativo da oferta da dívida argentina.
 

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