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Quadros que pertenceriam a fundador da Parmalat são apreendidos na Itália
da BBC Brasil
Autoridades italianas anunciaram neste sábado a apreensão de uma coleção de obras de arte que seria mantida de maneira secreta pelo fundador da Parmalat, Calisto Tanzi, condenado no ano passado por fraude e acusado de falência fraudulenta.
Segundo a polícia, foram apreendidos 19 pinturas e desenhos que incluíam trabalhos de Picasso, Van Gogh e Monet. A coleção teria valor estimado em mais de 100 milhões de euros, cerca de R$ 255 milhões.
De acordo com os jornais italianos, Tanzi havia negado possuir uma coleção de obras de arte secreta no início da semana e afirmou que todos os seus bens já haviam sido declarados à Justiça.
Os quadros foram encontrados em casas que pertenceriam a amigos da família Tanzi. Ainda de acordo com as autoridades, Stefano Strini, genro de Tanzi, teria tentado negociar as obras de arte.
As peças já teriam sido oferecidas a compradores, o que fez com que a polícia tivesse que acelerar seus trabalhos para apreendê-las. A polícia utilizou grampos telefônicos para rastrear os quadros.
Fraude
A Parmalat já foi uma das maiores empresas da Itália, mas, em 2003, envolveu-se em um grande escândalo de fraude que deixou suas contas com um rombo de 14 bilhões de euros, na maior falência da história da Europa.
Tanzi, fundador da empresa, foi condenado a dez anos de prisão por fraude por um tribunal de Milão em 2008. Ele apelou contra a sentença e aguarda o julgamento em liberdade.
Ele também é acusado de falência fraudulenta em um julgamento que está sendo conduzido por um tribunal de Parma.
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