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14/02/2001
-
07h00
MARCELO TADEU LIA
coordenador de Brasil e Mundo
O senador Jader Barbalho (PMDB-PA) e o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) são os francos favoritos nas eleições às presidências do Senado e da Câmara, respectivamente, e devem iniciar um novo ciclo de relações com o governo federal _mais ameno, na avaliação do Planalto. As eleições acontecem hoje, simultaneamente, a partir das 15h.
Segundo pesquisa Datafolha, feita cinco dias antes das eleições, o deputado Aécio Neves deve contar com 48% dos votos na Câmara; Jader teria índice próximo a 38% no Senado. A eleição, que contará com voto secreto dos parlamentares, é uma das mais disputadas da história do Parlamento.
De olho na sucessão presidencial de 2002, o governo federal considera a derrota do PFL _com o candidato Inocêncio Oliveira, na Câmara, e ainda com o insucesso particular de Antonio Carlos Magalhães (BA) em sua luta contra o "inimigo" Jader_ menos prejudicial do que o sucesso do PMDB.
FHC considera uma derrota dos peemedebistas o pior cenário para o final de seu governo, já que o partido fez várias ameaças de retaliar se Jader perder a disputa.
Na avaliação do Planalto, Jader teria um comportamento mais dócil do que o de ACM, atual presidente da Casa, que várias vezes desafiou a autoridade de Fernando Henrique Cardoso.
Mas há outro fator, ainda mais decisivo. O PMDB chegou a acenar com a hipótese de lançar o governador de Minas Gerais, Itamar Franco, desafeto do presidente, como candidato à Presidência da República em 2002.
Se forem confirmadas as previsões, o PFL deixará de ser o partido preferencial nas relações com o governo federal e ACM _provável nome à sucessão do governo da Bahia_ deve se tornar o maior derrotado do embate no Congresso.
Ao jogar todas as fichas para inviabilizar a eleição do ''inimigo'', ACM acabou por se transformar, sem querer, em seu principal cabo eleitoral.
Já a candidatura de Arlindo Porto (PTB-MG), referendada menos de 24 horas antes das eleições, foi uma tentativa de o PFL minimizar a dimensão da derrota política que o próprio partido prevê para hoje na disputa pela presidência do Senado.
O PFL optou por não oferecer um nome de suas próprias fileiras porque havia risco de o candidato não conseguir nem os votos de todos os seus senadores _21.
Ontem, o candidato da oposição no Senado, Jefferson Péres (PDT-AM), lamentou o lançamento do nome de Porto e já admitiu, publicamente, a derrota.
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Aécio e Jader devem vencer hoje; FHC tenta manter fidelidade do PFL
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coordenador de Brasil e Mundo
O senador Jader Barbalho (PMDB-PA) e o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) são os francos favoritos nas eleições às presidências do Senado e da Câmara, respectivamente, e devem iniciar um novo ciclo de relações com o governo federal _mais ameno, na avaliação do Planalto. As eleições acontecem hoje, simultaneamente, a partir das 15h.
Segundo pesquisa Datafolha, feita cinco dias antes das eleições, o deputado Aécio Neves deve contar com 48% dos votos na Câmara; Jader teria índice próximo a 38% no Senado. A eleição, que contará com voto secreto dos parlamentares, é uma das mais disputadas da história do Parlamento.
De olho na sucessão presidencial de 2002, o governo federal considera a derrota do PFL _com o candidato Inocêncio Oliveira, na Câmara, e ainda com o insucesso particular de Antonio Carlos Magalhães (BA) em sua luta contra o "inimigo" Jader_ menos prejudicial do que o sucesso do PMDB.
FHC considera uma derrota dos peemedebistas o pior cenário para o final de seu governo, já que o partido fez várias ameaças de retaliar se Jader perder a disputa.
Na avaliação do Planalto, Jader teria um comportamento mais dócil do que o de ACM, atual presidente da Casa, que várias vezes desafiou a autoridade de Fernando Henrique Cardoso.
Mas há outro fator, ainda mais decisivo. O PMDB chegou a acenar com a hipótese de lançar o governador de Minas Gerais, Itamar Franco, desafeto do presidente, como candidato à Presidência da República em 2002.
Se forem confirmadas as previsões, o PFL deixará de ser o partido preferencial nas relações com o governo federal e ACM _provável nome à sucessão do governo da Bahia_ deve se tornar o maior derrotado do embate no Congresso.
Ao jogar todas as fichas para inviabilizar a eleição do ''inimigo'', ACM acabou por se transformar, sem querer, em seu principal cabo eleitoral.
Já a candidatura de Arlindo Porto (PTB-MG), referendada menos de 24 horas antes das eleições, foi uma tentativa de o PFL minimizar a dimensão da derrota política que o próprio partido prevê para hoje na disputa pela presidência do Senado.
O PFL optou por não oferecer um nome de suas próprias fileiras porque havia risco de o candidato não conseguir nem os votos de todos os seus senadores _21.
Ontem, o candidato da oposição no Senado, Jefferson Péres (PDT-AM), lamentou o lançamento do nome de Porto e já admitiu, publicamente, a derrota.
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