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22/02/2001
-
20h37
ALEXANDRO MARTELLO
da Folha Online, em Brasília
O desmentido do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) feito hoje por meio de uma nota oficial não é suficiente para o governo, disse hoje o deputado Arthur Virgílio (PSDB-AM), líder do governo no Congresso Nacional, após um encontro que teve nesta tarde com o presidente Fernando Henrique Cardoso.
"A partir de um pronunciamento mais amplo do senador Antonio Carlos Magalhães, o governo vai decidir sobre o papel, ou não papel do senador ao seu lado", disse Virgílio. "Se ele desmentiu em um primeiro momento, o governo tem tempo para não tomar uma decisão hoje", acrescentou.
Apesar deste pronunciamento forte, Virgílio também aliviou as críticas a ACM na entrevista que concedeu no Palácio do Planalto, após encontro com Fernando Henrique.
"O governo não fará nada precipitado e nem irá tomar uma atitude de uma crise falsa, de uma crise, mais uma vez, inventada", disse quando questionado sobre uma possível demissão de ministros do PFL.
Sobre as declarações do ministro Raul Jungman (Desenvolvimento Agrário), que chegou a sugerir que os ministros Rodolpho Tourinho (Minas e Energia) e Waldeck Ornelas (Previdência Social) pedissem demissão, ele disse que o governo não precisa de ninguém para pedir a demissão dos ministros.
"O governo pode demitir quem quiser", afirmou o deputado.
O líder do governo considerou antiética a conduta dos procuradores do Ministério Público Federal, que gravaram a conversa com ACM. "Não podemos fazer um elogio de uma gravação clandestina", afirmou ele.
Virgílio disse que ACM tem problemas a resolver dentro do próprio partido. "O senador Bornhausen foi claramente solidário ao presidente e me parece que há um 'clima' a ser decidido na reunião do PFL, marcada para o início de março", afirmou Virgílio.
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"A partir de um pronunciamento mais amplo do senador Antonio Carlos Magalhães, o governo vai decidir sobre o papel, ou não papel do senador ao seu lado", disse Virgílio. "Se ele desmentiu em um primeiro momento, o governo tem tempo para não tomar uma decisão hoje", acrescentou.
Apesar deste pronunciamento forte, Virgílio também aliviou as críticas a ACM na entrevista que concedeu no Palácio do Planalto, após encontro com Fernando Henrique.
"O governo não fará nada precipitado e nem irá tomar uma atitude de uma crise falsa, de uma crise, mais uma vez, inventada", disse quando questionado sobre uma possível demissão de ministros do PFL.
Sobre as declarações do ministro Raul Jungman (Desenvolvimento Agrário), que chegou a sugerir que os ministros Rodolpho Tourinho (Minas e Energia) e Waldeck Ornelas (Previdência Social) pedissem demissão, ele disse que o governo não precisa de ninguém para pedir a demissão dos ministros.
"O governo pode demitir quem quiser", afirmou o deputado.
O líder do governo considerou antiética a conduta dos procuradores do Ministério Público Federal, que gravaram a conversa com ACM. "Não podemos fazer um elogio de uma gravação clandestina", afirmou ele.
Virgílio disse que ACM tem problemas a resolver dentro do próprio partido. "O senador Bornhausen foi claramente solidário ao presidente e me parece que há um 'clima' a ser decidido na reunião do PFL, marcada para o início de março", afirmou Virgílio.
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