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27/03/2001
-
04h27
da Folha de S.Paulo
O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) afirmou ontem que os parlamentares que o acompanham politicamente vão assinar o pedido de CPI da corrupção. Caso sejam efetivadas, as assinaturas dos carlistas aumentam a chance da oposição de instalar a comissão de inquérito.
"Vou conversar com os parlamentares a que eu tenho acesso e muitos deles vão assinar. Em outras bancadas (do PFL de outros Estados) não vou interferir, porque isso é uma coisa que o partido deveria fazer. Nós (baianos) não somos vozes isoladas como pensa o presidente do partido (Jorge Bornhausen)", disse ACM.
O senador Waldeck Ornélas (PFL-BA) confirmou que assinará o pedido e disse que o Planalto está estimulando os parlamentares governistas a assinar, na medida em que não combate a corrupção e ameaça com demissões.
"Em vez de tomar iniciativas concretas, a assessoria política do Planalto vai para a linha de intimidação dos parlamentares, que é o pior caminho." Ele disse que os parlamentares têm ficado irritados com as notícias de que perderão seus cargos no governo se assinarem a CPI. Alguns, segundo ele, nem têm cargos.
"Isso é jogo ultrapassado e, a meu ver, mete medo em poucas pessoas. Só mesmo aqueles que são dependentes eleitoralmente de coisas não muito boas é que podem ter medo de retaliação", disse ACM, que afirmou que o senador Paulo Souto (PFL-BA) assinará o pedido. A oposição não contava com o apoio de Souto.
"Os deputados vão assinar a partir de amanhã (hoje)", afirmou o deputado Paulo Magalhães (PFL-BA), sobrinho de ACM, que assinou o pedido de CPI na quarta-feira passada.
Os carlistas não haviam recebido a orientação de ACM, a chamada "ordem unida", até a semana passada. O líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), vai reunir a bancada hoje para tentar conter as dissidências.
A Bahia tem 18 deputados pefelistas, 1 do PTB e 1 do PL que seguem as orientações de ACM. Somando carlistas de outros Estados esse número pode chegar a 30 deputados.
Com dissidências pontuais em outros partidos aliados na Câmara, a oposição conta com os carlistas para atingir o número de assinaturas necessário para a CPI mista - 171 deputados, do total de 513, e 27 dos 81 senadores. Até agora, a oposição diz ter conseguido 141 assinaturas, embora não mostre as adesões alegando razões estratégias.
O PMDB e o PL da Câmara também se reúnem hoje para tratar da CPI. Do PMDB, 12 deputados já assinaram o pedido e há expectativa de mais 3 assinaturas.
No Senado, a oposição já conseguiu 22 assinaturas e tinha ontem duas promessas certas: Ornélas e José Alencar (PMDB-MG). Havia a expectativa de que Souto e, pelo menos, dois peemedebistas também assinassem: Amir Lando (RO) e Ramez Tebet (MS). Se ocorrer, a CPI alcança o número necessário na Casa.
"Não quero falar antes da reunião do PMDB (hoje), mas estou analisando os acontecimentos. As coisas estão indo de roldão. Estou refletindo muito. Posso vir a tomar a decisão (de assinar)", disse Tebet.
O presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), que já assinou e é um dos envolvidos nas denúncias, disse que a CPI é política e será analisada pelo PMDB dessa forma.
"O partido faz parte da base do governo e nossa expectativa é que ele apóie o governo", afirmou Jader. O presidente do Senado e do PMDB afirmou que foi levado a assinar por uma questão pessoal.
O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), disse não ter identificado novas possibilidades de dissidências no partido _cinco peemedebistas já assinaram o pedido de CPI.
ACM afirma que carlistas vão assinar pedido de CPI
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O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) afirmou ontem que os parlamentares que o acompanham politicamente vão assinar o pedido de CPI da corrupção. Caso sejam efetivadas, as assinaturas dos carlistas aumentam a chance da oposição de instalar a comissão de inquérito.
"Vou conversar com os parlamentares a que eu tenho acesso e muitos deles vão assinar. Em outras bancadas (do PFL de outros Estados) não vou interferir, porque isso é uma coisa que o partido deveria fazer. Nós (baianos) não somos vozes isoladas como pensa o presidente do partido (Jorge Bornhausen)", disse ACM.
O senador Waldeck Ornélas (PFL-BA) confirmou que assinará o pedido e disse que o Planalto está estimulando os parlamentares governistas a assinar, na medida em que não combate a corrupção e ameaça com demissões.
"Em vez de tomar iniciativas concretas, a assessoria política do Planalto vai para a linha de intimidação dos parlamentares, que é o pior caminho." Ele disse que os parlamentares têm ficado irritados com as notícias de que perderão seus cargos no governo se assinarem a CPI. Alguns, segundo ele, nem têm cargos.
"Isso é jogo ultrapassado e, a meu ver, mete medo em poucas pessoas. Só mesmo aqueles que são dependentes eleitoralmente de coisas não muito boas é que podem ter medo de retaliação", disse ACM, que afirmou que o senador Paulo Souto (PFL-BA) assinará o pedido. A oposição não contava com o apoio de Souto.
"Os deputados vão assinar a partir de amanhã (hoje)", afirmou o deputado Paulo Magalhães (PFL-BA), sobrinho de ACM, que assinou o pedido de CPI na quarta-feira passada.
Os carlistas não haviam recebido a orientação de ACM, a chamada "ordem unida", até a semana passada. O líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), vai reunir a bancada hoje para tentar conter as dissidências.
A Bahia tem 18 deputados pefelistas, 1 do PTB e 1 do PL que seguem as orientações de ACM. Somando carlistas de outros Estados esse número pode chegar a 30 deputados.
Com dissidências pontuais em outros partidos aliados na Câmara, a oposição conta com os carlistas para atingir o número de assinaturas necessário para a CPI mista - 171 deputados, do total de 513, e 27 dos 81 senadores. Até agora, a oposição diz ter conseguido 141 assinaturas, embora não mostre as adesões alegando razões estratégias.
O PMDB e o PL da Câmara também se reúnem hoje para tratar da CPI. Do PMDB, 12 deputados já assinaram o pedido e há expectativa de mais 3 assinaturas.
No Senado, a oposição já conseguiu 22 assinaturas e tinha ontem duas promessas certas: Ornélas e José Alencar (PMDB-MG). Havia a expectativa de que Souto e, pelo menos, dois peemedebistas também assinassem: Amir Lando (RO) e Ramez Tebet (MS). Se ocorrer, a CPI alcança o número necessário na Casa.
"Não quero falar antes da reunião do PMDB (hoje), mas estou analisando os acontecimentos. As coisas estão indo de roldão. Estou refletindo muito. Posso vir a tomar a decisão (de assinar)", disse Tebet.
O presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), que já assinou e é um dos envolvidos nas denúncias, disse que a CPI é política e será analisada pelo PMDB dessa forma.
"O partido faz parte da base do governo e nossa expectativa é que ele apóie o governo", afirmou Jader. O presidente do Senado e do PMDB afirmou que foi levado a assinar por uma questão pessoal.
O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), disse não ter identificado novas possibilidades de dissidências no partido _cinco peemedebistas já assinaram o pedido de CPI.
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