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28/03/2001
-
03h16
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O governo conseguiu ontem segurar temporariamente o avanço da CPI da corrupção na Câmara. Depois de o presidente Fernando Henrique Cardoso ter prometido cargos ao PL, conforme a Folha apurou, o partido, considerado de oposição, adiou a reunião que poderia resultar em mais assinaturas a favor da CPI. FHC prometeu estudar reivindicações do PL.
No final da manhã de ontem, FHC se reuniu com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto (SP), e com Luiz Antonio Medeiros (PL-SP). Costa Neto não se reunia com o presidente havia seis anos.
Segundo deputados do PL, FHC teria dito que, em um novo arranjo político, gostaria de ter o partido na base aliada e participando do processo sucessório.
A Folha apurou que entre as reivindicações do PL estaria o aumento de publicidade oficial para a Rede Record, vinculada à Igreja Universal do Reino de Deus. Principal líder da Universal na Câmara, o deputado Bispo Rodrigues (PL-RJ) comanda cerca de 15 deputados em diversos partidos.
Três horas depois do encontro, a reunião da bancada do PL foi transferida para hoje. Costa Neto nega que esteja havendo barganha. O PL deve estabelecer hoje um prazo responder ao governo.
Dos 20 deputados do bloco PL/ PSL, até agora apenas 2 confirmaram as assinaturas no pedido: Bispo Rodrigues e Costa Neto.
Também foi adiada a reunião do PFL que trataria da CPI. O adiamento foi sugerido pelo deputado José Carlos Aleluia (BA), integrante do grupo do senador Antonio Carlos Magalhães (BA).
"Corríamos o risco de alguém fazer um discurso inflamado e sair uma decisão que não era previsível", disse Aleluia, que trabalha contra a comissão, embora ACM tenha garantido que seus seguidores apoiarão a CPI -ontem mais dois carlistas assinaram.
O líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), pediu ajuda de ministros e do partido para contornar dissidências. O PMDB também fez reunião e decidiu não apoiar a CPI, mas não vai punir os deputados que assinarem o requerimento -12 já aderiram.
(DENISE MADUEÑO e LUIZA DAMÉ)
FHC se reúne com o PL e susta avanço na Câmara
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O governo conseguiu ontem segurar temporariamente o avanço da CPI da corrupção na Câmara. Depois de o presidente Fernando Henrique Cardoso ter prometido cargos ao PL, conforme a Folha apurou, o partido, considerado de oposição, adiou a reunião que poderia resultar em mais assinaturas a favor da CPI. FHC prometeu estudar reivindicações do PL.
No final da manhã de ontem, FHC se reuniu com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto (SP), e com Luiz Antonio Medeiros (PL-SP). Costa Neto não se reunia com o presidente havia seis anos.
Segundo deputados do PL, FHC teria dito que, em um novo arranjo político, gostaria de ter o partido na base aliada e participando do processo sucessório.
A Folha apurou que entre as reivindicações do PL estaria o aumento de publicidade oficial para a Rede Record, vinculada à Igreja Universal do Reino de Deus. Principal líder da Universal na Câmara, o deputado Bispo Rodrigues (PL-RJ) comanda cerca de 15 deputados em diversos partidos.
Três horas depois do encontro, a reunião da bancada do PL foi transferida para hoje. Costa Neto nega que esteja havendo barganha. O PL deve estabelecer hoje um prazo responder ao governo.
Dos 20 deputados do bloco PL/ PSL, até agora apenas 2 confirmaram as assinaturas no pedido: Bispo Rodrigues e Costa Neto.
Também foi adiada a reunião do PFL que trataria da CPI. O adiamento foi sugerido pelo deputado José Carlos Aleluia (BA), integrante do grupo do senador Antonio Carlos Magalhães (BA).
"Corríamos o risco de alguém fazer um discurso inflamado e sair uma decisão que não era previsível", disse Aleluia, que trabalha contra a comissão, embora ACM tenha garantido que seus seguidores apoiarão a CPI -ontem mais dois carlistas assinaram.
O líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), pediu ajuda de ministros e do partido para contornar dissidências. O PMDB também fez reunião e decidiu não apoiar a CPI, mas não vai punir os deputados que assinarem o requerimento -12 já aderiram.
(DENISE MADUEÑO e LUIZA DAMÉ)
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