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22/04/2001 - 19h50

Suplicy critica comando das campanhas de Lula à presidência

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FAUSTO SIQUEIRA
da Folha de S.Paulo, em Santos

O senador Eduardo Suplicy criticou ontem em Santos (SP) as coordenações das campanhas presidenciais do PT em 89, 94 e 98 por não terem permitido, segundo ele, que Lula apresentasse "com mais clareza" as propostas do partido.

De acordo com o senador, esse é o motivo pelo qual, na sexta-feira passada (20), ele se lançou oficialmente como pré-candidato e decidiu disputar a prévia do PT, provavelmente contra o próprio Lula.

"Nas vezes passadas [89, 94 e 98], muito tentei sugerir ao Lula e à direção do partido que apresentasse com maior clareza algumas propostas. Como não consegui isso, desta vez resolvi me apresentar", declarou.

Segundo o senador, a coordenação da campanha nessas três eleições "não estimulou e não permitiu que as propostas fossem apresentadas com clareza".

Conforme afirmou Suplicy, essas propostas são justamente as que compõem o cerne do ideário petista: "dizer como será possível em um espaço de tempo bastante breve de um mandato presidencial instituir os instrumentos de políticas públicas e econômicas que possam tirar o Brasil da condição de campeão da desigualdade."

Eduardo Suplicy esteve em Santos para assistir à peça "Queda Para o Alto", que seria exibida na noite de ontem, no Teatro do Sesc. A peça é baseada no livro de mesmo nome escrito por Sandra Herzer, ex-interna da Febem.

Antes do espetáculo, o senador se reuniu com a deputada federal Telma de Souza (PT), a estadual Maria Lúcia Prandi (PT), vereadores e militantes do partido na sede do Sindicato dos Petroleiros da Baixada Santista para apresentar sua pré-candidatura.

Suplicy voltou a levantar a suspeita _motivou das críticas que recebeu do ministro Aloísio Nunes Ferreira e do líder do governo no Congresso, deputado Arthur Virgílio (PSDB-AM)_ de que o presidente Fernando Henrique Cardoso tinha conhecimento prévio da violação do sigilo do painel eletrônico de votação do Senado.

O senador petista sugeriu que poderia haver interesse do Palácio do Planalto em preservar o senador cassado Luiz Estevão devido ao fato de o chefe de gabinete de Estevão ter trabalhado, segundo Suplicy, na assessoria de Fernando Henrique.

"Ele tinha posto de confiança tão importante quanto o de Eduardo Jorge e Clóvis Carvalho. Não considero adequado que o ministro Aloísio Nunes e o líder do governo Arthur Virgílio estejam a me ofender só porque estou fazendo essas perguntas", declarou.

 

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