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10/05/2001
-
03h38
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Se dependesse do ministro licenciado Francisco Dornelles (Trabalho), o governo teria tomado uma atitude firme há mais tempo para impedir a CPI da corrupção. Mesmo que, para isso, precisasse recorrer a todos os instrumentos a seu alcance.
Algo como fez o então candidato à Presidência Tancredo Neves (1910-1985) quando se preparava para concorrer no Colégio Eleitoral, em 1984, e um deputado do Rio quis trocar seu apoio pela quitação de uma dívida eleitoral.
Recado dado por Tancredo, segundo conta Dornelles, por meio de um intermediário: o candidato da oposição ao regime militar não pagaria nada, mas o deputado podia ficar certo de que, no eventual novo governo civil, ele não seria incomodado nem pela Polícia Federal nem pela Receita Federal.
Anteontem, ao saber que sua suplente na Câmara, Alcione Athayde (PPB-RJ), assinara o pedido de CPI, Dornelles surpreendeu ao pedir licença do cargo de ministro para reassumir o mandato e subtrair um nome do requerimento da oposição.
Com o gesto, Dornelles disse que pretende deixar claro para os seus eleitores no Rio que é contra a instalação da CPI.
Em resposta às afirmações de que poderia ter prejuízos eleitorais devido à atitude, o ministro licenciado disse que não teme eventuais impactos negativos.
Leia, a seguir, os trechos da entrevista de Dornelles à Folha.
Folha - Por que o sr. reassumiu o mandato?
Francisco Dornelles - Eu quis marcar de forma clara e transparente o apoio do PPB ao governo e a minha discordância da CPI, que, com seus 17 itens, não tem nada de CPI, é um manifesto.
Folha - Como assim?
Dornelles - É um movimento político da oposição que quer criar o caos com vistas às eleições de 2002.
Folha - Por que a CPI é ruim?
Dornelles - Ela cria dificuldades ao processo de retomada do crescimento e de geração de emprego, além de criar um fato político antes da hora.
Para Dornelles, CPI visa eleições de 2002
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Se dependesse do ministro licenciado Francisco Dornelles (Trabalho), o governo teria tomado uma atitude firme há mais tempo para impedir a CPI da corrupção. Mesmo que, para isso, precisasse recorrer a todos os instrumentos a seu alcance.
Algo como fez o então candidato à Presidência Tancredo Neves (1910-1985) quando se preparava para concorrer no Colégio Eleitoral, em 1984, e um deputado do Rio quis trocar seu apoio pela quitação de uma dívida eleitoral.
Recado dado por Tancredo, segundo conta Dornelles, por meio de um intermediário: o candidato da oposição ao regime militar não pagaria nada, mas o deputado podia ficar certo de que, no eventual novo governo civil, ele não seria incomodado nem pela Polícia Federal nem pela Receita Federal.
Anteontem, ao saber que sua suplente na Câmara, Alcione Athayde (PPB-RJ), assinara o pedido de CPI, Dornelles surpreendeu ao pedir licença do cargo de ministro para reassumir o mandato e subtrair um nome do requerimento da oposição.
Com o gesto, Dornelles disse que pretende deixar claro para os seus eleitores no Rio que é contra a instalação da CPI.
Em resposta às afirmações de que poderia ter prejuízos eleitorais devido à atitude, o ministro licenciado disse que não teme eventuais impactos negativos.
Leia, a seguir, os trechos da entrevista de Dornelles à Folha.
Folha - Por que o sr. reassumiu o mandato?
Francisco Dornelles - Eu quis marcar de forma clara e transparente o apoio do PPB ao governo e a minha discordância da CPI, que, com seus 17 itens, não tem nada de CPI, é um manifesto.
Folha - Como assim?
Dornelles - É um movimento político da oposição que quer criar o caos com vistas às eleições de 2002.
Folha - Por que a CPI é ruim?
Dornelles - Ela cria dificuldades ao processo de retomada do crescimento e de geração de emprego, além de criar um fato político antes da hora.
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