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12/05/2001
-
03h30
da Folha de S.Paulo
O líder petista Luiz Inácio Lula da Silva, possível candidato do partido à Presidência da República, disse ontem que, pela primeira vez, o presidente Fernando Henrique Cardoso teria se envolvido pessoalmente com a corrupção ao utilizar o governo para barrar a CPI da corrupção.
"Até ontem [anteontem], eu não tinha ouvido ninguém envolver o presidente diretamente em nenhuma denúncia [de corrupção]. Quando ele assume para si a coordenação política da operação abafa, pedindo para ministros voltarem a ser deputados, ele se envolve pessoalmente." Lula diz que FHC "oficializou a relação promíscua entre o Executivo e o Legislativo", ao distribuir verbas e cargos para impedir a CPI.
Nas contas dos petistas, o governo gastou mais de R$ 85 milhões para atender a pedidos de deputados e distribuiu pelo menos 94 concessões para funcionamento de rádios comunitárias, a pedido de congressistas.
O presidenciável petista disse que o presidente da República deveria seguir suas próprias palavras e apoiar a criação da CPI. Em 1992, quando seria votada a CPI que acabou com o afastamento do ex-presidente Fernando Collor de Mello, FHC disse que "quem não deve não teme". Para Lula, a frase "não pode valer só para Collor".
O petista diz que, caso a CPI não envolva o presidente nos casos de corrupção, FHC receberia um atestado de idoneidade. "Ninguém precisa mais de um atestado de idoneidade do que ele".
Para o presidente nacional do PT, José Dirceu, o governo agiu contra a CPI porque temia que ela chegasse ao Palácio do Planalto.
"O governo FHC sempre foi conivente com a corrupção". Mas, segundo ele, a situação agora é diferente. "O governo é a própria corrupção. No acordo [entre o governo e os senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e Jader Barbalho (PMDB-PA), para barrar a CPI", o governo assumiu que é um governo corrupto".
Os petistas avaliam que o acordo que pôs fim à CPI significará a aplicação de penas brandas aos senadores ACM e José Roberto Arruda (sem partido), acusados de violar o painel do Senado.
O partido estuda a possibilidade de entrar com processos judiciais contra o presidente da República e contra os deputados que retiraram suas assinaturas do requerimento da CPI da corrupção.
Segundo o líder petista na Câmara, Walter Pinheiro, a Lei de Diretrizes Orçamentárias veda a distribuição de verbas como barganha política.
Ele disse que o partido também pretende tomar medidas judiciais contra a presidência do Senado, que teria desrespeitado o Regimento Interno do Senado ao arquivar o requerimento de CPI.
Lula considera ação de FHC "promíscua"
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O líder petista Luiz Inácio Lula da Silva, possível candidato do partido à Presidência da República, disse ontem que, pela primeira vez, o presidente Fernando Henrique Cardoso teria se envolvido pessoalmente com a corrupção ao utilizar o governo para barrar a CPI da corrupção.
"Até ontem [anteontem], eu não tinha ouvido ninguém envolver o presidente diretamente em nenhuma denúncia [de corrupção]. Quando ele assume para si a coordenação política da operação abafa, pedindo para ministros voltarem a ser deputados, ele se envolve pessoalmente." Lula diz que FHC "oficializou a relação promíscua entre o Executivo e o Legislativo", ao distribuir verbas e cargos para impedir a CPI.
Nas contas dos petistas, o governo gastou mais de R$ 85 milhões para atender a pedidos de deputados e distribuiu pelo menos 94 concessões para funcionamento de rádios comunitárias, a pedido de congressistas.
O presidenciável petista disse que o presidente da República deveria seguir suas próprias palavras e apoiar a criação da CPI. Em 1992, quando seria votada a CPI que acabou com o afastamento do ex-presidente Fernando Collor de Mello, FHC disse que "quem não deve não teme". Para Lula, a frase "não pode valer só para Collor".
O petista diz que, caso a CPI não envolva o presidente nos casos de corrupção, FHC receberia um atestado de idoneidade. "Ninguém precisa mais de um atestado de idoneidade do que ele".
Para o presidente nacional do PT, José Dirceu, o governo agiu contra a CPI porque temia que ela chegasse ao Palácio do Planalto.
"O governo FHC sempre foi conivente com a corrupção". Mas, segundo ele, a situação agora é diferente. "O governo é a própria corrupção. No acordo [entre o governo e os senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e Jader Barbalho (PMDB-PA), para barrar a CPI", o governo assumiu que é um governo corrupto".
Os petistas avaliam que o acordo que pôs fim à CPI significará a aplicação de penas brandas aos senadores ACM e José Roberto Arruda (sem partido), acusados de violar o painel do Senado.
O partido estuda a possibilidade de entrar com processos judiciais contra o presidente da República e contra os deputados que retiraram suas assinaturas do requerimento da CPI da corrupção.
Segundo o líder petista na Câmara, Walter Pinheiro, a Lei de Diretrizes Orçamentárias veda a distribuição de verbas como barganha política.
Ele disse que o partido também pretende tomar medidas judiciais contra a presidência do Senado, que teria desrespeitado o Regimento Interno do Senado ao arquivar o requerimento de CPI.
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