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21/08/2001 - 07h40

Oposição tenta abrir CPI do Rodoanel em São Paulo

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SANDRA BRASIL
da Folha de S.Paulo

A bancada petista na Assembléia Legislativa começou a recolher ontem assinaturas para propor a criação de uma CPI que investigue as obras do Rodoanel.

A liderança do PT deverá encaminhar ainda hoje ao TCE (Tribunal de Contas do Estado) uma proposta para que a instituição declare irregular o aditivo contratual de 69,92% para a construção do trecho oeste do Rodoanel.

"Queremos que o TCE declare irregular o aditamento do contrato acima de 25%, como prevê a Lei de Licitações. O TCE julgou irregular uma obra viária da Prefeitura de São José dos Campos que teve aditamento de 42,7%", disse o líder do PT, Carlinhos Almeida.

Segundo o deputado, além do aditamento, a CPI deveria apurar se houve superfaturamento nas desapropriações para a construção do Rodoanel, obra contratada por R$ 338,9 milhões para desafogar o trânsito na capital paulista.

Enquanto a oposição buscava as 33 assinaturas necessárias para a CPI do Rodoanel, o presidente da Assembléia, Walter Feldman (PSDB), convidou o secretário de Transportes do Estado, Michael Zeitlin, para falar sobre as obras do Rodoanel na Comissão de Transportes, na próxima semana. Zeitlin disse a Feldman que está à disposição da Assembléia.

O presidente da Assembléia disse que o eventual pedido de CPI deverá entrar no final da lista de 38 outras CPIs já propostas: "Uma decisão consensual do Colégio de Líderes da Assembléia poderia fazer com que essa CPI passasse na frente das 38 da lista". A Folha apurou que a oposição terá dificuldades para criar a CPI.

Segundo Feldman, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, está convencido de que o aditamento do contrato acima do que está previsto na Lei de Licitações "foi a única decisão possível". Ele disse que "ficaria muito mais caro fazer uma nova licitação a manter o que já foi feito".

Novos carros
Os 94 deputados estaduais de São Paulo estarão de carros novos em dois meses. Por R$ 2,394 milhões, a Assembléia vai comprar 94 Volkswagen Bora. O modelo custa R$ 47.374 em concessionárias. A compra foi decidida ontem pela Comissão de Licitação.

Segundo Feldman, a Fiat ficou em segundo lugar na concorrência, com o Marea: "Cada Bora vai sair para a Assembléia por R$ 38 mil. O Marea sairia por R$ 40 mil". Segundo ele, a GM não aceitou a entrega da frota atual (Vectra, da GM, com quatro anos de uso) como parte do pagamento.

Com a entrega dos usados, o preço de cada carro novo sai por R$ 25 mil, disse Feldman: "É tradição, na Assembléia, trocar a frota a cada quatro anos. Os carros têm em média 250 mil quilômetros e vivem com defeito".

Nesse caso, não há divergência entre governo e oposição. "Os atuais não são carros adequados e seguros", disse o petista Carlinhos Almeida.




 

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