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25/09/2001
-
18h55
LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre
O tradicional cenário gaúcho de bipolarização política pode ganhar ganhar uma terceira via depois das mudanças que se desenrolam justamente nos dois partidos dominantes, o PT e o PMDB. Hoje, o vereador recordista de votos em Porto Alegre, José Fortunatti, trocou o PT pelo PDT. Hoje, o ex-governador Antônio Britto confirma que deixa o PMDB e ingressa no PPS de Ciro Gomes.
O coordenador do Laboratório de Observação Social da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Benedito Tadeu César, definiu o momento como confuso, mas vê os primeiros beneficiários: a coalizão PDT-PTB.
''O grande beneficiário neste momento é a coalizão trabalhista, que tende a se fortalecer, além do próprio PPS, que, apesar de não ter decolado no Estado, cresce'', disse.
Para um segundo turno das eleições ao governo do Estado, César acredita que o PT é o beneficiado, pois o senador Pedro Simon (PMDB) e o presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, negam apoio a uma eventual candidatura de Britto pelo PPS.
Outro partido que pode sair fortalecido, segundo César, é o PPB, forte no interior do Estado e que se manteve distante de qualquer ruptura interna.
Nas últimas eleições, o governador Olívio Dutra (PT) derrotou Britto (PMDB) no segundo turno. Nas anteriores, Britto derrotou Olívio, pelas mesmas siglas.
Hoje, sete peemedebistas gaúchos confirmaram que irão para o PPS com Britto. São eles o deputado federal Nelson Proença, os deputados estaduais Berfran Rosado, Cézar Busatto, Iara Wortman, Paulo Odone e Mario Bernd, e a vereadora Clênia Maranhão. O senador José Fogaça e o deputado estadual Elmar Schneider ainda não se decidiram.
Simon já assumiu que poderá concorrer ao governo do Estado para enfrentar Britto. Diz que não apoiará seu ex-companheiro nem em um eventual segundo turno, o que significa que o PMDB poderá apoiar o "inimigo" PT.
O presidente do PMDB gaúcho, César Schirmer, disse que só falará sobre as dissidências depois da oficialização. Segundo ele, o partido realizará prévias para escolher um candidato ao governo no final deste ano ou em março de 2002.
Dissidências descaracterizam tradições da política gaúcha
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da Agência Folha, em Porto Alegre
O tradicional cenário gaúcho de bipolarização política pode ganhar ganhar uma terceira via depois das mudanças que se desenrolam justamente nos dois partidos dominantes, o PT e o PMDB. Hoje, o vereador recordista de votos em Porto Alegre, José Fortunatti, trocou o PT pelo PDT. Hoje, o ex-governador Antônio Britto confirma que deixa o PMDB e ingressa no PPS de Ciro Gomes.
O coordenador do Laboratório de Observação Social da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Benedito Tadeu César, definiu o momento como confuso, mas vê os primeiros beneficiários: a coalizão PDT-PTB.
''O grande beneficiário neste momento é a coalizão trabalhista, que tende a se fortalecer, além do próprio PPS, que, apesar de não ter decolado no Estado, cresce'', disse.
Para um segundo turno das eleições ao governo do Estado, César acredita que o PT é o beneficiado, pois o senador Pedro Simon (PMDB) e o presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, negam apoio a uma eventual candidatura de Britto pelo PPS.
Outro partido que pode sair fortalecido, segundo César, é o PPB, forte no interior do Estado e que se manteve distante de qualquer ruptura interna.
Nas últimas eleições, o governador Olívio Dutra (PT) derrotou Britto (PMDB) no segundo turno. Nas anteriores, Britto derrotou Olívio, pelas mesmas siglas.
Hoje, sete peemedebistas gaúchos confirmaram que irão para o PPS com Britto. São eles o deputado federal Nelson Proença, os deputados estaduais Berfran Rosado, Cézar Busatto, Iara Wortman, Paulo Odone e Mario Bernd, e a vereadora Clênia Maranhão. O senador José Fogaça e o deputado estadual Elmar Schneider ainda não se decidiram.
Simon já assumiu que poderá concorrer ao governo do Estado para enfrentar Britto. Diz que não apoiará seu ex-companheiro nem em um eventual segundo turno, o que significa que o PMDB poderá apoiar o "inimigo" PT.
O presidente do PMDB gaúcho, César Schirmer, disse que só falará sobre as dissidências depois da oficialização. Segundo ele, o partido realizará prévias para escolher um candidato ao governo no final deste ano ou em março de 2002.
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