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21/11/2001
-
07h22
RAYMUNDO COSTA
da Folha de S.Paulo
Passado um mês do lançamento patrocinado pela família Covas da pré-candidatura de Tasso Jereissati à Presidência, o governador do Ceará está quase onde sempre esteve: é uma das opções de setores da aliança centro-liberal que sustenta o governo a uma agenda mais à esquerda representada por José Serra (Saúde), seu real adversário na disputa interna do PSDB.
Quase, porque após 22 de outubro, quando discursou em São Paulo, a elite cresceu os olhos em direção a Roseana Sarney (PFL), cujo salto nas pesquisas, ainda a ser aferido, encheu de esperanças corações e mentes neoliberais que têm Serra sob suspeita, por considerá-lo muito esquerdista.
O próprio Serra entende que há setores políticos-empresariais que só embarcarão em sua candidatura se não houver outra alternativa na atual aliança de poder. Até aprovam seu enfrentamento com os laboratórios e planos de saúde, mas, no fundo, cultivariam certo medo. E, enquanto puderem, testarão opções. Já fizeram com Pedro Malan (Fazenda) e fazem agora com Tasso e Roseana.
O fato é que Tasso não conseguiu galvanizar esses setores. A homenagem patrocinada pela família Covas não se traduziu em manifestos de apoio. Nem do PSDB nem de classes empresariais ou dos partidos da coalizão governista. O que pode vir a ocorrer com Roseana, caso consolide a segunda posição nas pesquisas.
É voz corrente no PSDB que o candidato tem de ficar à esquerda de Fernando Henrique Cardoso em relação às reformas liberais, assim como FHC em 1994 fez uma aliança de centro-direita.
Em 2002, analisa-se no PSDB, o candidato terá de mostrar que será capaz de consolidar o que foi feito nos últimos anos, mas também que poderá avançar no desenvolvimento.
Tasso talvez tirasse mais proveito no PSDB se enfatizasse sua experiência vitoriosa no Ceará contra as oligarquias, mas se deixa confundir com as forças que defendem a reprodução do atual sistema de poder.
Decisivo para Tasso, um safenado, será o resultado dos exames que fará nos EUA no final deste mês. Se estiver tudo ok, mergulha de vez na campanha. Para isso, precisa adiar a decisão tucana.
Leia mais no especial Eleições 2002
Análise: Tasso Jereissati tenta ganhar tempo
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da Folha de S.Paulo
Passado um mês do lançamento patrocinado pela família Covas da pré-candidatura de Tasso Jereissati à Presidência, o governador do Ceará está quase onde sempre esteve: é uma das opções de setores da aliança centro-liberal que sustenta o governo a uma agenda mais à esquerda representada por José Serra (Saúde), seu real adversário na disputa interna do PSDB.
Jarbas Oliveira/FI |
Tasso Jereissati (PSDB-CE) |
O próprio Serra entende que há setores políticos-empresariais que só embarcarão em sua candidatura se não houver outra alternativa na atual aliança de poder. Até aprovam seu enfrentamento com os laboratórios e planos de saúde, mas, no fundo, cultivariam certo medo. E, enquanto puderem, testarão opções. Já fizeram com Pedro Malan (Fazenda) e fazem agora com Tasso e Roseana.
O fato é que Tasso não conseguiu galvanizar esses setores. A homenagem patrocinada pela família Covas não se traduziu em manifestos de apoio. Nem do PSDB nem de classes empresariais ou dos partidos da coalizão governista. O que pode vir a ocorrer com Roseana, caso consolide a segunda posição nas pesquisas.
É voz corrente no PSDB que o candidato tem de ficar à esquerda de Fernando Henrique Cardoso em relação às reformas liberais, assim como FHC em 1994 fez uma aliança de centro-direita.
Em 2002, analisa-se no PSDB, o candidato terá de mostrar que será capaz de consolidar o que foi feito nos últimos anos, mas também que poderá avançar no desenvolvimento.
Tasso talvez tirasse mais proveito no PSDB se enfatizasse sua experiência vitoriosa no Ceará contra as oligarquias, mas se deixa confundir com as forças que defendem a reprodução do atual sistema de poder.
Decisivo para Tasso, um safenado, será o resultado dos exames que fará nos EUA no final deste mês. Se estiver tudo ok, mergulha de vez na campanha. Para isso, precisa adiar a decisão tucana.
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