Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
09/07/2000 - 10h30

Políticos afastados recorrem ao Judiciário para tentar a reeleição

Publicidade

CARLOS ALBERTO DE SOUZA,
da Folha de S.Paulo, em Porto Alegre

Prefeitos gaúchos que foram afastados do cargo sob acusação de irregularidades vão concorrer à reeleição. Eles já foram homologados como candidatos por seus partidos, os quais, em alguns casos, esperam contornar os obstáculos jurídicos às candidaturas.

Pelotas, o terceiro maior colégio eleitoral do Rio Grande do Sul, com 218,9 mil eleitores, é o principal município onde ocorre essa situação. Fatos semelhantes se repetem em Triunfo, Turuçu e Santana do Livramento, entre outros.

O prefeito de Pelotas, Anselmo Rodrigues (PDT), após um ano e sete meses de afastamento, reassumiu na última segunda-feira graças a uma liminar do Tribunal de Justiça.

O retorno foi em ritmo de campanha: ele foi carregado nos ombros pelos correligionários em meio a um foguetório.

Rodrigues, que havia sido afastado pela Justiça com base em uma CPI da Câmara Municipal sobre supostas irregularidades em licitações, tentará seu terceiro mandato (já governou de 89 a 92).

O prefeito disse que tomará cuidado para não misturar a condição de candidato com a de chefe do Executivo para não ferir a legislação. Ele disse estar confiante na vitória, apesar das acusações.

O PPB de Triunfo homologou a candidatura de Bento Gonçalves dos Santos. Ele foi afastado do cargo de prefeito em outubro do ano passado e permanece fora da prefeitura. Santos tentará o seu quarto mandato na cidade.

O presidente do PPB de Triunfo, Rogério Freitas, disse ontem que Santos está cumprindo prisão domiciliar, diferentemente do período inicial de sua pena, quando era obrigado a dormir no quartel da Polícia Militar. A Justiça afastou Santos por entender que ele fez pagamento irregular de horas extras ao seu motorista. Ele nega.

O município de Turuçu (RS) assistiu, há cerca de um ano, ao primeiro afastamento de seu primeiro prefeito eleito. Agora, o pefelista Edmar Scherdien, que foi afastado do cargo da localidade emancipada em 96 sob a acusação de irregularidade, também concorrerá à reeleição em outubro.

O prefeito de Santana do Livramento, Glênio Lemos (PT do B), esteve fora do cargo durante alguns meses, por força de decisão judicial. Reassumiu no primeiro semestre e é candidato à reeleição.

A 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, encarregada de julgar prefeitos, já condenou mais de cem chefes de Executivo municipal, desde sua criação, em 92. Um deles, Elói Sessim, de Cidreira, está foragido.

Leia mais notícias de política na Folha Online

Discuta esta notícia nos Grupos de Discussão da Folha Online
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página