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14/02/2002
-
18h38
da Agência Folha
O conflito entre sem-teto e a polícia militar hoje no município Ananindeua, a 30 quilômetros de Belém, no Pará, lembrou o conflito em Eldorado dos Carajás (PA), em 17 de abril de 1996. No dia, morreram 19 sem-terra. Até hoje, ainda não houve o julgamento definitivo dos responsáveis pelo massacre, considerado o pior conflito do gênero no país.
Cerca de 1.100 sem-terra haviam iniciado, no dia anterior, bloqueio da rodovia PA-150. Obedecendo instruções do governador Almir Gabriel (PSDB), cerca de 200 policiais foram enviados ao local para desobstruir a estrada.
Os sem-terra resistiram e houve confronto. Além dos 19 mortos, pelo menos 60 pessoas foram feridas, entre trabalhadores rurais e PMs.
Em maio de 96, foram divulgados os laudos da perícia judicial sobre o massacre, indicando que os sem-terra foram mortos com tiros à queima-roupa, pelas costas ou na cabeça.
Os três militares que comandavam a operação foram absolvidos em 99 pelos jurados por "falta de provas", mas o Tribunal de Justiça anulou a decisão no ano seguinte.
Quatro diferentes juízes já foram designados para o caso até agora. Em junho do ano passado, a juíza Eva do Amaral Coelho determinou nova perícia na fita que gravou parte do conflito e adiou o julgamento por tempo indeterminado.
Leia mais:
Conflito por terras no PA fere 84 pessoas e deixa 4 em estado grave
Massacre de Eldorado dos Carajás (PA) ainda está sem julgamento
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O conflito entre sem-teto e a polícia militar hoje no município Ananindeua, a 30 quilômetros de Belém, no Pará, lembrou o conflito em Eldorado dos Carajás (PA), em 17 de abril de 1996. No dia, morreram 19 sem-terra. Até hoje, ainda não houve o julgamento definitivo dos responsáveis pelo massacre, considerado o pior conflito do gênero no país.
Cerca de 1.100 sem-terra haviam iniciado, no dia anterior, bloqueio da rodovia PA-150. Obedecendo instruções do governador Almir Gabriel (PSDB), cerca de 200 policiais foram enviados ao local para desobstruir a estrada.
Os sem-terra resistiram e houve confronto. Além dos 19 mortos, pelo menos 60 pessoas foram feridas, entre trabalhadores rurais e PMs.
Em maio de 96, foram divulgados os laudos da perícia judicial sobre o massacre, indicando que os sem-terra foram mortos com tiros à queima-roupa, pelas costas ou na cabeça.
Os três militares que comandavam a operação foram absolvidos em 99 pelos jurados por "falta de provas", mas o Tribunal de Justiça anulou a decisão no ano seguinte.
Quatro diferentes juízes já foram designados para o caso até agora. Em junho do ano passado, a juíza Eva do Amaral Coelho determinou nova perícia na fita que gravou parte do conflito e adiou o julgamento por tempo indeterminado.
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