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03/05/2002 - 08h59

PL diz que apóia Lula "de qualquer maneira"

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FÁBIO ZANINI
da Folha de S.Paulo

O presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, disse ontem que seu partido apoiará "de qualquer maneira" a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência: "Vamos com ele de qualquer maneira, de preferência com uma aliança formal, que eu considero bastante possível. Se não der coligação, vamos apoiar politicamente o PT e entrar com tudo na campanha", disse.

O PL espera solucionar nas próximas duas semanas os entraves regionais que impediriam uma coligação nacional com o PT. Ontem, questionado em Erechim (RS), Lula disse que ainda não há qualquer coligação confirmada.

Na próxima semana, a cúpula do PL se reúne em Brasília com representantes dos "Estados-problema" -locais em que as duas legendas estão em campos opostos- para costurar o apoio à aliança. Nos últimos dias, os principais dirigentes dos dois partidos voltaram a se mostrar otimistas com a possibilidade de indicar o vice de Lula, que poderia ser o senador José Alencar (MG).

A aliança das duas legendas estava praticamente fechada até que a verticalização das coligações atrapalhou o processo. Diferenças entre as legendas nos Estados comprometiam a padronização imposta pela Justiça. Fatos novos, porém, voltaram a aproximar as duas siglas. Está praticamente resolvida a situação nos principais colégios eleitorais. Em São Paulo, PT e PL lançam cada um seu candidato próprio. Em Minas Gerais, caminhariam juntos.

No Rio, onde as relações entre as legendas são frias, a situação é um pouco mais complicada. Mas desenha-se uma saída em que o PL lançaria chapa separada do PT à Câmara dos Deputados. Dos 26 Estados mais o Distrito Federal, há solução encontrada ou bem encaminhada em 20, de acordo com estimativa da cúpula do PL.

"As coisas estão conspirando para que ocorra a coligação", disse o presidente do PL-SP, Luiz Antônio Medeiros, que coloca a possibilidade de coligação formal em mais de 90%. Já Costa Neto, presidente nacional, considera que é de 50%. O senador Alencar, um dos mais entusiasmados, tem dito a interlocutores que a aliança está bastante próxima.

Para que as tratativas dêem resultado, o PL conta com o apoio dos petistas. Costa Neto e Alencar têm conversado rotineiramente com o presidente do PT, José Dirceu. Apesar da resistência de grande parcela do PT, a direção petista não abre mão da coligação. "É muito importante o fato de que o PL continua interessado no apoio ao Lula. Mas há diferenças importantes nos Estados. Para haver casamento, é preciso muito namoro ainda", disse o líder do PT na Câmara, João Paulo Cunha.

Em Estados em que não houver possibilidade de aproximação, a saída seria as siglas estarem separadas na eleição, mas com um pacto de não-agressão.
Será preciso muito trabalho, no entanto, para controlar os petistas em locais como o Amazonas, onde o prefeito de Manaus, Alfredo Nascimento (PL), é o inimigo número 1 do partido de Lula. Há ainda problemas a serem resolvidos em Estados como Amapá e Pará.

Outros possíveis entraves, como a antiga rejeição da Igreja Universal do Reino de Deus -que controla parte do PL- a Lula, foram resolvidos.

Para os petistas, o apoio do PL é vital, principalmente se fracassar na tentativa de atrair aliados outrora tradicionais, como o PSB, o PDT e o PPS.

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