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08/05/2002
-
13h09
CAMILO TOSCANO
da Folha Online
A CFC (Comissão de Fiscalização e Controle) do Senado Federal aprovou hoje convite ao ministro da Educação, Paulo Renato Souza, ao ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio, ao empresário Steinbruch e ao ex-ministro das Comunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros para prestar esclarecimentos sobre as acusações que pesam sobre a privatização da Vale do Rio Doce.
Os senadores querem ouvi-los sobre o suposto pedido de propina que teria sido feito por Ricardo Sérgio a Steinbruch para reunir fundos de pensão em um consórcio que concorreria à privatização da companhia Vale do Rio Doce. Paulo Renato, segundo reportagem da revista "Veja" deste fim de semana, confirmou que soube do suposto pedido de propina.
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) é o autor requerimento. A data dos depoimentos, que podem ser conjuntos, ainda não foi definida.
Segundo Suplicy, após a aprovação do convite o senador Romero Jucá (PSDB-RR) pediu para que a votação fosse retomada, porque ele não estava presente, mas a aprovação do requerimento foi mantida. Estavam presentes apenas 9 senadores dos 17 senadores.
Suposto pedido
Mendonça de Barros afirmou em entrevista ao site "Primeira Leitura", na segunda-feira passada (6), que conversou com Steinbruch sobre o pedido de propina, no valor de R$ 15 milhões.
No entanto, ele insinua que o empresário mencionou o fato como uma forma de chantagear o governo. Mendonça de Barros diz também que relatou o episódio ao presidente Fernando Henrique Cardoso.
Mendonça de Barros e Ricardo Sérgio podem se recusar a prestar depoimentos no Senado. Mas, no caso de Paulo Renato, se aprovado o requerimento, ele terá que depor obrigatoriamente no Senado. Isto porque, embora seja usado o termo "convidar", ministros de Estado não podem recusar o "convite".
A privatização da Vale, em 1997, foi vencida por um consórcio liderado pela CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), de Steinbruch.
Privatização da Vale: veja como ocorreu
Os bastidores: saiba os principais detalhes
Pivô do caso: ex-diretor do BB, Ricardo Sérgio
Senado vai ouvir Paulo Renato e Ricardo Sérgio sobre caso Vale
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A CFC (Comissão de Fiscalização e Controle) do Senado Federal aprovou hoje convite ao ministro da Educação, Paulo Renato Souza, ao ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio, ao empresário Steinbruch e ao ex-ministro das Comunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros para prestar esclarecimentos sobre as acusações que pesam sobre a privatização da Vale do Rio Doce.
Os senadores querem ouvi-los sobre o suposto pedido de propina que teria sido feito por Ricardo Sérgio a Steinbruch para reunir fundos de pensão em um consórcio que concorreria à privatização da companhia Vale do Rio Doce. Paulo Renato, segundo reportagem da revista "Veja" deste fim de semana, confirmou que soube do suposto pedido de propina.
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) é o autor requerimento. A data dos depoimentos, que podem ser conjuntos, ainda não foi definida.
Segundo Suplicy, após a aprovação do convite o senador Romero Jucá (PSDB-RR) pediu para que a votação fosse retomada, porque ele não estava presente, mas a aprovação do requerimento foi mantida. Estavam presentes apenas 9 senadores dos 17 senadores.
Suposto pedido
Mendonça de Barros afirmou em entrevista ao site "Primeira Leitura", na segunda-feira passada (6), que conversou com Steinbruch sobre o pedido de propina, no valor de R$ 15 milhões.
No entanto, ele insinua que o empresário mencionou o fato como uma forma de chantagear o governo. Mendonça de Barros diz também que relatou o episódio ao presidente Fernando Henrique Cardoso.
Mendonça de Barros e Ricardo Sérgio podem se recusar a prestar depoimentos no Senado. Mas, no caso de Paulo Renato, se aprovado o requerimento, ele terá que depor obrigatoriamente no Senado. Isto porque, embora seja usado o termo "convidar", ministros de Estado não podem recusar o "convite".
A privatização da Vale, em 1997, foi vencida por um consórcio liderado pela CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), de Steinbruch.
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