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06/06/2002
-
05h30
FÁBIO ZANINI
da Folha de S.Paulo
O presidenciável petista, Luiz Inácio Lula da Silva, colocou ontem sob suspeição o uso de urnas eletrônicas nas eleições e disse ser "absurda" a participação da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) no processo.
O papel da Abin -órgão da Presidência da República que realiza espionagem, inclusive política- no pleito será indireto. Ele se dará por meio do Cepesc (Centro de Pesquisas em Segurança das Comunicações), ligado à agência.
O Cepesc detém o controle do programa de segurança da urna, que protege os dados dos disquetes contendo o resultado da votação no transporte entre a seção eleitoral e o local de apuração.
Ecoando a preocupação já expressa por outros partidos de oposição, Lula declarou ser um "absurda" a participação da Abin. "O meu medo é que a Abin, em vez de fiscalizar as eleições, fique fiscalizando a vida dos candidatos _obviamente não do governo, mas da oposição", disse ele, durante visita ao distrito de Paranapiacaba, em Santo André (SP).
O petista levantou dúvidas sobre a "infalibilidade" do processo eleitoral. "Nada é infalível, só Deus. Vamos pegar o que aconteceu aqui, quantas denúncias já foram feitas de defunto que vota, de cidades que têm mais eleitores do que habitantes", declarou.
O presidenciável concluiu que, dado esse histórico, "não sabemos se a urna pode ser manipulada ou não". "Acho que cabe ao povo brasileiro não permitir que haja fraude na eleição."
Lula afirmou ainda que a desconfiança aumenta levando em conta a fraude no painel eletrônicos do Senado, no ano passado.
Lula propôs ainda que seja impresso um "tíquete" após a votação na urna eletrônica, que seria depositado em uma urna convencional. "Aí está zerado o problema. Quem tiver desconfiança faz a aferição entre a urna e o resultado da apuração eletrônica."
Na semana passada, o Tribunal Superior Eleitoral divulgou laudo de peritos da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) dizendo que o sistema eletrônico não permite fraude.
PMDB
Lula negou que tenha se reunido com os senadores do PMDB José Sarney (AP) e Pedro Simon (RS), como revelou ontem a Folha. "Só vou na hora que o partido entender que tenha de me encontra", declarou.
Segundo apurou a reportagem junto a interlocutores dos participantes do encontro, no entanto, a reunião ocorreu.
Para Lula, participação da Abin nas eleições é "absurda"
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da Folha de S.Paulo
O presidenciável petista, Luiz Inácio Lula da Silva, colocou ontem sob suspeição o uso de urnas eletrônicas nas eleições e disse ser "absurda" a participação da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) no processo.
O papel da Abin -órgão da Presidência da República que realiza espionagem, inclusive política- no pleito será indireto. Ele se dará por meio do Cepesc (Centro de Pesquisas em Segurança das Comunicações), ligado à agência.
O Cepesc detém o controle do programa de segurança da urna, que protege os dados dos disquetes contendo o resultado da votação no transporte entre a seção eleitoral e o local de apuração.
Ecoando a preocupação já expressa por outros partidos de oposição, Lula declarou ser um "absurda" a participação da Abin. "O meu medo é que a Abin, em vez de fiscalizar as eleições, fique fiscalizando a vida dos candidatos _obviamente não do governo, mas da oposição", disse ele, durante visita ao distrito de Paranapiacaba, em Santo André (SP).
O petista levantou dúvidas sobre a "infalibilidade" do processo eleitoral. "Nada é infalível, só Deus. Vamos pegar o que aconteceu aqui, quantas denúncias já foram feitas de defunto que vota, de cidades que têm mais eleitores do que habitantes", declarou.
O presidenciável concluiu que, dado esse histórico, "não sabemos se a urna pode ser manipulada ou não". "Acho que cabe ao povo brasileiro não permitir que haja fraude na eleição."
Lula afirmou ainda que a desconfiança aumenta levando em conta a fraude no painel eletrônicos do Senado, no ano passado.
Lula propôs ainda que seja impresso um "tíquete" após a votação na urna eletrônica, que seria depositado em uma urna convencional. "Aí está zerado o problema. Quem tiver desconfiança faz a aferição entre a urna e o resultado da apuração eletrônica."
Na semana passada, o Tribunal Superior Eleitoral divulgou laudo de peritos da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) dizendo que o sistema eletrônico não permite fraude.
PMDB
Lula negou que tenha se reunido com os senadores do PMDB José Sarney (AP) e Pedro Simon (RS), como revelou ontem a Folha. "Só vou na hora que o partido entender que tenha de me encontra", declarou.
Segundo apurou a reportagem junto a interlocutores dos participantes do encontro, no entanto, a reunião ocorreu.
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