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01/08/2002
-
14h17
LÍVIA MARRA
da Folha Online
Depois de os irmãos do prefeito assassinado de Santo André Celso Daniel (PT) pedirem à polícia e ao Ministério Público a retomada das investigações sobre o crime, a prefeitura da cidade emitiu nota nesta quinta-feira para manifestar apoio à decisão da família.
Os irmãos do prefeito, Bruno José Daniel Filho, João Francisco, Maria Clélia e Maria Elizabeth afirmaram ontem que Celso Daniel não foi vítima de crime comum.
Em nota, a Prefeitura de Santo André diz que a administração municipal tem "fundamental interesse" que as investigações apontem as motivações e culpados pelo crime.
Celso Daniel foi sequestrado no dia 18 de janeiro, ao sair de um restaurante na zona sul de São Paulo. O empresário Sérgio Gomes da Silva, que estava no carro com o prefeito, não foi levado pelos criminosos. O corpo de Daniel foi encontrado dois dias depois, em uma estrada de Juquitiba, na região metropolitana.
O relatório final da Polícia Civil de São Paulo sobre o caso foi encaminhado para a Justiça em abril. Os presos sob acusação de envolvimento no caso disseram à polícia que abordaram o carro aleatoriamente, após tentarem sequestrar um comerciante, que conseguiu fugir. Um adolescente confessou ter atirado contra o prefeito.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o inquérito policial pode ser reaberto somente se a Justiça devolver o processo.
Leia a íntegra da nota emitida pela Prefeitura de Santo André:
"Diante de aspectos ainda não totalmente esclarecidos com relação ao bárbaro assassinato do prefeito Celso Daniel, a equipe de governo da Prefeitura de Santo André manifesta seu apoio à decisão dos membros da família Daniel exigindo completo rigor na apuração do caso por parte das autoridades policiais. É importante lembrar que um dos acusados de pertencer ao bando que executou o prefeito ainda está foragido e, diante do noticiário da imprensa, há várias indagações que precisam ser respondidas. É de fundamental interesse desta administração municipal que as investigações apontem os culpados pelo crime, bem como suas motivações."
Propina em Santo André
Denúncias revelaram um suposto esquema de cobrança de propina na Prefeitura de Santo André. Uma CPI foi instaurada para apurar o caso.
Os irmãos do prefeito evitaram comentar as denúncias ontem, durante entrevista coletiva. Apenas João Francisco concordou em falar sobre o suposto esquema.
"Eu acho que o trabalho que o Ministério Público está fazendo é louvável e saudável. Imagino que eles estejam tentando fazer primeiro uma limpeza na Prefeitura de Santo André para depois, eventualmente, tentar fazer uma ligação entre os dois casos."
Queima de arquivo
João Francisco disse também que acredita que o irmão foi vítima de "queima de arquivo".
A família do prefeito assassinado apontou, para afirmar que não foi crime comum, o fato de os anexos da necropsia não terem sido divulgados pelas autoridades policiais. Os exames demonstrariam se Celso Daniel foi torturado pelos criminosos.
Para João Francisco, se o irmão sofreu algum tipo de tortura, "a tese de crime comum cairá por terra".
Leia mais:
Família de Celso Daniel pede que polícia retome investigações
Relatório final da polícia indicia seis pessoas por morte de Celso Daniel
Prefeitura apóia família e pede nova investigação do caso Celso Daniel
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da Folha Online
Depois de os irmãos do prefeito assassinado de Santo André Celso Daniel (PT) pedirem à polícia e ao Ministério Público a retomada das investigações sobre o crime, a prefeitura da cidade emitiu nota nesta quinta-feira para manifestar apoio à decisão da família.
Os irmãos do prefeito, Bruno José Daniel Filho, João Francisco, Maria Clélia e Maria Elizabeth afirmaram ontem que Celso Daniel não foi vítima de crime comum.
Em nota, a Prefeitura de Santo André diz que a administração municipal tem "fundamental interesse" que as investigações apontem as motivações e culpados pelo crime.
Celso Daniel foi sequestrado no dia 18 de janeiro, ao sair de um restaurante na zona sul de São Paulo. O empresário Sérgio Gomes da Silva, que estava no carro com o prefeito, não foi levado pelos criminosos. O corpo de Daniel foi encontrado dois dias depois, em uma estrada de Juquitiba, na região metropolitana.
O relatório final da Polícia Civil de São Paulo sobre o caso foi encaminhado para a Justiça em abril. Os presos sob acusação de envolvimento no caso disseram à polícia que abordaram o carro aleatoriamente, após tentarem sequestrar um comerciante, que conseguiu fugir. Um adolescente confessou ter atirado contra o prefeito.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o inquérito policial pode ser reaberto somente se a Justiça devolver o processo.
Leia a íntegra da nota emitida pela Prefeitura de Santo André:
"Diante de aspectos ainda não totalmente esclarecidos com relação ao bárbaro assassinato do prefeito Celso Daniel, a equipe de governo da Prefeitura de Santo André manifesta seu apoio à decisão dos membros da família Daniel exigindo completo rigor na apuração do caso por parte das autoridades policiais. É importante lembrar que um dos acusados de pertencer ao bando que executou o prefeito ainda está foragido e, diante do noticiário da imprensa, há várias indagações que precisam ser respondidas. É de fundamental interesse desta administração municipal que as investigações apontem os culpados pelo crime, bem como suas motivações."
Propina em Santo André
Denúncias revelaram um suposto esquema de cobrança de propina na Prefeitura de Santo André. Uma CPI foi instaurada para apurar o caso.
Os irmãos do prefeito evitaram comentar as denúncias ontem, durante entrevista coletiva. Apenas João Francisco concordou em falar sobre o suposto esquema.
"Eu acho que o trabalho que o Ministério Público está fazendo é louvável e saudável. Imagino que eles estejam tentando fazer primeiro uma limpeza na Prefeitura de Santo André para depois, eventualmente, tentar fazer uma ligação entre os dois casos."
Queima de arquivo
João Francisco disse também que acredita que o irmão foi vítima de "queima de arquivo".
A família do prefeito assassinado apontou, para afirmar que não foi crime comum, o fato de os anexos da necropsia não terem sido divulgados pelas autoridades policiais. Os exames demonstrariam se Celso Daniel foi torturado pelos criminosos.
Para João Francisco, se o irmão sofreu algum tipo de tortura, "a tese de crime comum cairá por terra".
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