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04/08/2002 - 08h47

Vice de Ciro é um "peso" para campanha, diz líder do PTB

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da Folha de S.Paulo

Apesar das pressões para que renunciasse à vaga de vice na chapa presidencial encabeçada por Ciro Gomes (PPS), o sindicalista Paulo Pereira da Silva (PTB), pelo menos por enquanto, permanecerá no cargo.

A manutenção de Paulinho foi garantida diante da constatação, por integrantes da Frente Trabalhista reunidos ontem em São Paulo, de que hoje não há elementos que comprovem a culpa do sindicalista nas denúncias divulgadas nos últimos dias.

No final da tarde, uma nota foi emitida contestando cada uma das acusações. Segundo o documento, Paulinho vem sendo ""sistematicamente vítima de acusações falsas e infundadas".

A denúncia de que haveria desvio de recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) repassados à Força Sindical, entidade presidida pelo petebista até sua indicação como vice, foi atribuída a um ""erro no sistema de informática" do Ministério do Trabalho e Emprego. As demais foram consideradas inconsistentes.

O petebista promete ainda processar o antigo colega que teria afirmado ter sido procurado por um interlocutor de Paulinho que pretendia comprar seu silêncio sobre novas acusações contra a Força Sindical, entidade presidida pelo petebista até sua indicação para a chapa de Ciro.

Embora o presidenciável tenha admitido substituir seu vice, condicionou a troca à apresentação de elementos que efetivamente comprovassem a culpa de Paulinho. Diante da falta de provas, preferiu não discutir o assunto.

Por isso, a reunião que haveria entre os dois acabou sendo cancelada. O presidenciável, segundo interlocutores da frente, teria preferido se dedicar à preparação para o debate de hoje e pediu a Paulinho que divulgasse uma nota de esclarecimento sobre o caso.

Ao mesmo tempo em que tentavam abandonar uma posição defensiva, integrantes da Frente Trabalhista partiram ontem para o ataque e ameaçaram o PSDB.

""Em um momento de fragilidade cambial, não queremos usar munição contra os principais dirigentes do país, mas não vamos hesitar se o baixo nível for mantido", declarou um petebista que preferiu não se identificar.

A munição em questão seriam as conversas entre membros do governo federal na tentativa de cooptar o PTB a aderir à candidatura de José Serra. ""A foto ficou bonita", ironizou o petebista.

Pela manhã, o líder do PTB na Câmara, Roberto Jefferson, referiu-se ao sindicalista como um ""peso" e pediu seu afastamento.

""Não podemos ficar dias acuados e não dá para o Ciro arrastar peso. Temos que aliviar o avião dele para a travessia do Atlântico e jogar o peso no mar", declarou Jefferson, que disse ter encaminhado um pedido de afastamento do sindicalista ao presidente do PTB, José Carlos Martinez.

Também pela manhã, em Salvador, Ciro, demonstrando muita irritação, disse em entrevista ao vivo em uma rádio que ""não há força no mundo que derrube" Paulinho. "O nome do vice é Paulinho e não há força no mundo que o derrube. Ele é limpo, é um homem simples, sem patrimônio, que já me deu toda a explicação".

O apoio de ACM causou constrangimentos a Ciro, que foi criticado por ouvintes por ter se aliado ao pefelista, seu antigo desafeto. Depois de ter tentado ser simpático, o presidenciável perdeu a paciência. "Isso é coisa de fascistas furibundos a serviço do candidato oficial. Desesperado, ele paga pessoas para falarem mal de mim nas rádios".




 

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