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22/08/2002
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04h42
O sucessor de Fernando Henrique Cardoso não terá a sombra do atual presidente pairando sobre o início de sua gestão: FHC está com tudo acertado para passar os primeiros três meses de 2003, pouco mais ou pouco menos, viajando para fazer conferências no exterior, em especial na Europa.
Trata-se do ambiente em que o presidente brasileiro mais se sente à vontade. De alguma forma, esse à vontade começou a se manifestar durante a viagem de Estado de dois dias ao Uruguai, em que FHC começou a se despedir das pompas internacionais.
No jantar que lhe ofereceu anteontem no Hotel Radisson Victoria Plaza, o presidente Jorge Battle disse a Fernando Henrique que ele não poderia abandonar a vida pública depois das eleições no Brasil, "porque a América Latina ainda precisará muito de seu trabalho".
Battle convidou FHC para a visita a Montevidéu exatamente para prestar-lhe homenagem pelo que considera papel relevante do presidente brasileiro no processo de integração latino-americana (processo, aliás, em profunda crise).
Ontem, Battle insistiu no tema, agora na presença dos jornalistas, ao dizer que "concederia uma licença de apenas três meses" para Fernando Henrique, após deixar o cargo.
"Suas palavras ajudaram a aumentar a minha vaidade", devolveu FHC, vaidoso assumido.
Encontros
Certamente deve ter contribuído para aumentar ainda mais a vaidade presidencial o elogio recebido ontem pela manhã de Tabaré Vázquez, líder da coalizão de esquerda "Encontro Progressista" e tido como favorito para a eleição presidencial uruguaia de 2004.
Ao sair da audiência com FHC, ontem cedo no Hotel Sheraton, onde o presidente brasileiro se hospedou, Vázquez ressaltou a importância para a sua agrupação e para ele próprio do encontro com o presidente do Brasil.
Tanta importância que ele preferiu não comentar assuntos internos uruguaios para evitar que se sobrepusessem ao noticiário sobre a reunião com FHC.
Vázquez e seu "Encontro Progressista" fazem parte do "Foro de São Paulo", um conglomerado de partidos de esquerda idealizado pelo PT, ao qual o grupo uruguaio é mais ligado.
FHC recebeu também os líderes dos dois outros grandes partidos uruguaios, os ex-presidentes Luis Alberto Lacalle (Partido Blanco) e Júlio María Sanguinetti (Colorado).
Mercosul
A todos, e mais a todas as audiências às quais se dirigiu, FHC falou do Mercosul para dizer que se enganam os que falam do fim do bloco regional.
Chegou até a anunciar, para dirigentes de marketing, o envio de projeto ao Congresso prevendo a eliminação da bitributação para investimentos de brasileiros no Uruguai, embora não haja, com a crise, dinheiro nem mesmo para que brasileiros invistam no Brasil.
FHC viaja em palestras por 3 meses após sua gestão
da Folha de S.Paulo, em MontevidéuO sucessor de Fernando Henrique Cardoso não terá a sombra do atual presidente pairando sobre o início de sua gestão: FHC está com tudo acertado para passar os primeiros três meses de 2003, pouco mais ou pouco menos, viajando para fazer conferências no exterior, em especial na Europa.
Trata-se do ambiente em que o presidente brasileiro mais se sente à vontade. De alguma forma, esse à vontade começou a se manifestar durante a viagem de Estado de dois dias ao Uruguai, em que FHC começou a se despedir das pompas internacionais.
No jantar que lhe ofereceu anteontem no Hotel Radisson Victoria Plaza, o presidente Jorge Battle disse a Fernando Henrique que ele não poderia abandonar a vida pública depois das eleições no Brasil, "porque a América Latina ainda precisará muito de seu trabalho".
Battle convidou FHC para a visita a Montevidéu exatamente para prestar-lhe homenagem pelo que considera papel relevante do presidente brasileiro no processo de integração latino-americana (processo, aliás, em profunda crise).
Ontem, Battle insistiu no tema, agora na presença dos jornalistas, ao dizer que "concederia uma licença de apenas três meses" para Fernando Henrique, após deixar o cargo.
"Suas palavras ajudaram a aumentar a minha vaidade", devolveu FHC, vaidoso assumido.
Encontros
Certamente deve ter contribuído para aumentar ainda mais a vaidade presidencial o elogio recebido ontem pela manhã de Tabaré Vázquez, líder da coalizão de esquerda "Encontro Progressista" e tido como favorito para a eleição presidencial uruguaia de 2004.
Ao sair da audiência com FHC, ontem cedo no Hotel Sheraton, onde o presidente brasileiro se hospedou, Vázquez ressaltou a importância para a sua agrupação e para ele próprio do encontro com o presidente do Brasil.
Tanta importância que ele preferiu não comentar assuntos internos uruguaios para evitar que se sobrepusessem ao noticiário sobre a reunião com FHC.
Vázquez e seu "Encontro Progressista" fazem parte do "Foro de São Paulo", um conglomerado de partidos de esquerda idealizado pelo PT, ao qual o grupo uruguaio é mais ligado.
FHC recebeu também os líderes dos dois outros grandes partidos uruguaios, os ex-presidentes Luis Alberto Lacalle (Partido Blanco) e Júlio María Sanguinetti (Colorado).
Mercosul
A todos, e mais a todas as audiências às quais se dirigiu, FHC falou do Mercosul para dizer que se enganam os que falam do fim do bloco regional.
Chegou até a anunciar, para dirigentes de marketing, o envio de projeto ao Congresso prevendo a eliminação da bitributação para investimentos de brasileiros no Uruguai, embora não haja, com a crise, dinheiro nem mesmo para que brasileiros invistam no Brasil.
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