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30/08/2002
-
09h16
da Folha de S.Paulo
EDUARDO SCOLESE
da Agência Folha
Por motivos diferentes, os candidatos ao governo de São Paulo José Genoino (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB) decidiram mudar de tática e vão passar a atacar adversários na disputa eleitoral.
No caso de Genonio, o alvo é o governador e candidato à reeleição, Alckmin. O tucano, por sua vez, escolheu Paulo Maluf (PPB), que lidera a corrida ao governo.
A cúpula petista está preocupada com a falta de arranque do candidato nas pesquisas de intenção de voto. A partir da semana que vem, os ataques ao governador serão transportados dos comícios para o horário eleitoral.
Nas duas últimas pesquisas, Genoino permanece estagnado na casa dos dez pontos. A frente de campanha petista admite que, nesses levantamentos, o ideal seria ter crescido pelo menos três pontos percentuais e ao mesmo tempo ter visto seus principais concorrentes em uma queda dentro da mesma proporção.
Para o partido, não serão ataques pessoais ao tucano, mas apenas uma "qualificação de oposição", pontuando de forma "didática" quais foram os erros das administrações tucanas de Mário Covas e Alckmin (1995-2002).
As teclas a serem batidas contra o candidato à reeleição continuam as mesmas: "venda do patrimônio público e aumento demasiado da dívida paulista, além da falta de pulso no comando das polícias Civil e Militar", nas palavras da própria cúpula petista.
Já a campanha do governador colocou nas ruas ontem sua estratégia visando o segundo turno, que consiste em "relembrar" ao eleitor o que o tucano chamou de "escândalos de Paulo Maluf".
Ontem, em Diadema, município da Grande São Paulo, o governador mudou o tom e disparou críticas ao pepebista.
"Quem rouba é egoísta. Nosso governo não pegou o dinheiro de vocês para jogar na lata de lixo da Paulipetro", disse Alckmin.
A Paulipetro foi criada em 79 na gestão de Maluf à frente do governo paulista. A meta era procurar petróleo e gás natural na bacia do rio Paraná, mas, apesar de ter gasto entre US$ 200 milhões e US$ 500 milhões, nada foi encontrado.
Aos jornalistas, Alckmin disse que deverá levar a seus programas de rádio e TV os ataques a Maluf. "Nossa campanha é centrada em propostas, mas, havendo necessidade, você relembra ao eleitor esses absurdos", disse.
O governador citou casos em que houve suspeitas de irregularidades e nos quais o nome de Maluf esteve envolvido. "O escândalo das flores, mandava flor para todo mundo para ganhar votos no Colégio Eleitoral, o escândalo dos carros para cada jogador da seleção, Águas Espraiadas, Frangogate, é só escândalo."
Maluf negou que sua história na política contenha escândalos: "O governador, em vez de ficar inventando mentiras, devia explicar a concorrência pública, citada pela Folha, segundo a qual foi feita a concessão de duas estradas de São Paulo com prejuízos de R$ 800 mil para os cofres públicos".
Veja também o especial Eleições 2002
Genoino ataca Alckmin, que ataca Maluf
JOSÉ ALBERTO BOMBIGda Folha de S.Paulo
EDUARDO SCOLESE
da Agência Folha
Por motivos diferentes, os candidatos ao governo de São Paulo José Genoino (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB) decidiram mudar de tática e vão passar a atacar adversários na disputa eleitoral.
No caso de Genonio, o alvo é o governador e candidato à reeleição, Alckmin. O tucano, por sua vez, escolheu Paulo Maluf (PPB), que lidera a corrida ao governo.
A cúpula petista está preocupada com a falta de arranque do candidato nas pesquisas de intenção de voto. A partir da semana que vem, os ataques ao governador serão transportados dos comícios para o horário eleitoral.
Nas duas últimas pesquisas, Genoino permanece estagnado na casa dos dez pontos. A frente de campanha petista admite que, nesses levantamentos, o ideal seria ter crescido pelo menos três pontos percentuais e ao mesmo tempo ter visto seus principais concorrentes em uma queda dentro da mesma proporção.
Para o partido, não serão ataques pessoais ao tucano, mas apenas uma "qualificação de oposição", pontuando de forma "didática" quais foram os erros das administrações tucanas de Mário Covas e Alckmin (1995-2002).
As teclas a serem batidas contra o candidato à reeleição continuam as mesmas: "venda do patrimônio público e aumento demasiado da dívida paulista, além da falta de pulso no comando das polícias Civil e Militar", nas palavras da própria cúpula petista.
Já a campanha do governador colocou nas ruas ontem sua estratégia visando o segundo turno, que consiste em "relembrar" ao eleitor o que o tucano chamou de "escândalos de Paulo Maluf".
Ontem, em Diadema, município da Grande São Paulo, o governador mudou o tom e disparou críticas ao pepebista.
"Quem rouba é egoísta. Nosso governo não pegou o dinheiro de vocês para jogar na lata de lixo da Paulipetro", disse Alckmin.
A Paulipetro foi criada em 79 na gestão de Maluf à frente do governo paulista. A meta era procurar petróleo e gás natural na bacia do rio Paraná, mas, apesar de ter gasto entre US$ 200 milhões e US$ 500 milhões, nada foi encontrado.
Aos jornalistas, Alckmin disse que deverá levar a seus programas de rádio e TV os ataques a Maluf. "Nossa campanha é centrada em propostas, mas, havendo necessidade, você relembra ao eleitor esses absurdos", disse.
O governador citou casos em que houve suspeitas de irregularidades e nos quais o nome de Maluf esteve envolvido. "O escândalo das flores, mandava flor para todo mundo para ganhar votos no Colégio Eleitoral, o escândalo dos carros para cada jogador da seleção, Águas Espraiadas, Frangogate, é só escândalo."
Maluf negou que sua história na política contenha escândalos: "O governador, em vez de ficar inventando mentiras, devia explicar a concorrência pública, citada pela Folha, segundo a qual foi feita a concessão de duas estradas de São Paulo com prejuízos de R$ 800 mil para os cofres públicos".
Veja também o especial Eleições 2002
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