Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
10/04/2008 - 12h11

Oposição e governistas tentam politizar depoimento de ex-ministro de Segurança Institucional

Publicidade

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Parlamentares do governo e da oposição tentaram politizar nesta quinta-feira o depoimento do general Alberto Cardoso, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional na gestão Fernando Henrique Cardoso (PSDB), à CPI dos Cartões Corporativos. Os governistas pressionaram o general para defender o sigilo nos gastos do Palácio do Planalto com os cartões, enquanto os poucos deputados de oposição presentes na CPI defenderam a divulgação dessas informações.

Cardoso evitou tomar partido na discussão, apesar de defender a manutenção do sigilo em parte dos gastos da Presidência da República. Segundo o general, o Gabinete de Segurança Institucional não tem influência política, por isso toma as decisões tecnicamente.

"Não estou aliado a este ou aquele partido. Passei oito anos sem nunca ter participado de uma reunião partidária. O excelente presidente Fernando Henrique me deu possibilidade de criar no Palácio do Planalto um órgão de Estado para tratar de assuntos de segurança nacional. Nunca ninguém subordinado a mim foi nomeado por indicação de partidos ou de amigos do presidente", afirmou.

Cardoso defendeu a manutenção do sigilo em gastos da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e em parte das despesas do Palácio do Planalto ligadas à segurança do presidente da República.

Segundo o general, o governo teria que analisar "caso a caso" para distinguir as contas que poderiam ser abertas daqueles que deveriam ser mantidas em sigilo. "Eu não aconselharia [abrir as contas] enquanto cada um dos casos não tivesse sido analisado", defendeu.

O deputado Silvio Costa (PMN-PE) disse que o depoimento do general comprovou que os gastos do Palácio do Planalto devem ser mantidos em segredo.

"Parte da oposição está sendo irresponsável. Querendo fazer teatro, insiste nessa tese de que o sigilo dos gastos devem ser quebrados. O senhor hoje foi o maior aliado do governo. O ex-ministro da gestão FHC disse textualmente que existem contas que não podem ser abertas", afirmou.

A oposição, por sua vez, argumenta que as investigações não terão avanços na CPI se os parlamentares não tiverem acesso aos dados sigilosos referentes às contas do presidente. Por este motivo, os senadores do DEM e PSDB abandonaram as investigações na comissão mista depois que a base aliada do governo derrubou sucessivos requerimentos de quebra de sigilo.

DEM e PSDB esperam ampliar as investigações na CPI dos Cartões exclusiva do Senado, onde avaliam que terão condições de enfrentar a 'blindagem' dos governistas sobre o Palácio do Planalto. Na prática, porém, a oposição terá direito a somente oito das 11 vagas de titulares na nova comissão.

Comentários dos leitores
Eduardo Giorgini (345) 12/10/2009 11h02
Eduardo Giorgini (345) 12/10/2009 11h02
"Oposição critica sigilo em gastos do governo após análise das informações no TCU"
Pela lógica, as fichas para corrupção do PT vem da éra FHC ou Serra?
Uma equação um tanto estranha para justificar as falcatruas do PT.
A culpa é de Serra entao?
[]s
Eduardo.
sem opinião
avalie fechar
Luís da Velosa (1172) 18/08/2009 07h48
Luís da Velosa (1172) 18/08/2009 07h48
Cartão Corporativo... mais atos secretos. Cadê a transparência?! Meu Deus, que horror! Quanto cinismo! Quanta corrupção! sem opinião
avalie fechar
Monica Rego (311) 17/08/2009 15h49
Monica Rego (311) 17/08/2009 15h49
La vem a mídia conservadora e os demos tucanos, com memória curta já devem ter se esquecido do serra-card ou alguma coisa mudou?!
Ainda veremos muito tucano e demos pfl na cadeia e o povo paulista, mineiro, gaúcho pedindo desculpas por tamanha ignorância...!!!
33 opiniões
avalie fechar
Comente esta reportagem Veja todos os comentários (10299)
Termos e condições
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página