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10/04/2008 - 13h01

Ministro da Pesca nega uso do cartão corporativo para pagar despesas pessoais

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O ministro Altemir Gregolin (Pesca) negou nesta quinta-feira em depoimento à CPI dos Cartões Corporativos que tenha usado o cartão de pagamentos do governo para despesas pessoais. Gregolin disse que fez uso do cartão "exclusivamente no cumprimento" de sua agenda de trabalhos. O ministro também negou que tenha efetuado saques com o cartão corporativo, apesar da legislação lhe facultar esse direito.

Gregolin entrou na mira da CPI depois de usar o cartão corporativo do governo para pagar uma conta de conta de R$ 512,60 numa churrascaria de Brasília (DF). O ministro disse que ofereceu o almoço para uma comitiva chinesa que visitava o Brasil. Ele justificou dizendo que o país é o maior produtor de pescado mundial.

Mas reconheceu que a CGU (Controladoria Geral da União) considerou a despesa "irregular" porque o órgão, que é auxiliar da Presidência da República, não poderia pagar a conta com o cartão.

"Imediatamente depois, eu recolhi aos cofres públicos esse valor. A CGU ratificou esse entendimento quando analisou as minhas contas e sugeriu, ao governo, a criação de regras que permitissem aos órgãos não essenciais do governo pagar despesas de trabalho com delegações estrangeiras. Nós tínhamos a compreensão de que era possível o pagamento. Mas não houve má fé, nem dolo", afirmou.

No depoimento à CPI, Gregolin rebateu todas as denúncias de uso irregular dos cartões. O ministro disse que somou despesas de R$ 222,85 na quarta-feira de cinzas do Carnaval de 2007 porque acompanhou a delegação da Noruega que estava no Brasil para o desfile da escola de samba "Imperatriz Leopoldinense".

"Oitenta por cento do bacalhau que o Brasil importa vem da Noruega. O mercado brasileiro é tão importante para a Noruega que o país fez parceria com a escola Imperatriz Leopoldinense sobre o bacalhau. O ministro da Pesca propôs reunião de trabalho e me pediu que lhe acompanhasse no desfile da escola", justificou.

Gregolin ainda negou que tenha usado o cartão para pagar despesas em uma "choperia" em Ribeirão Preto (SP), onde cumpriu agenda de trabalho em 2007. Segundo o ministro, o local também era uma lanchonete onde almoçou depois de visitar duas cidades do interior de São Paulo.

Devolução

O ministro disse que devolveu aos cofres públicos R$ 548 equivalentes a despesas que foram efetuadas de forma irregular com o cartão corporativo --que incluem o pagamento do almoço à delegação chinesa e outros gastos de menor porte, como outra refeição no valor de R$ 26.

Gregolin ainda justificou as denúncias de que teria alugado veículos em datas distintas das agendas cumpridas fora de Brasília. Segundo o ministro, os aluguéis sempre ocorreram em dias que cumpriu agendas regionais.

O erro ocorreu, segundo ele, porque o Portal da Transparência da CGU apontou erroneamente a data do débito na conta ao invés do dia em que o dinheiro efetivamente foi gasto.

Comentários dos leitores
Eduardo Giorgini (345) 12/10/2009 11h02
Eduardo Giorgini (345) 12/10/2009 11h02
"Oposição critica sigilo em gastos do governo após análise das informações no TCU"
Pela lógica, as fichas para corrupção do PT vem da éra FHC ou Serra?
Uma equação um tanto estranha para justificar as falcatruas do PT.
A culpa é de Serra entao?
[]s
Eduardo.
sem opinião
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Luís da Velosa (1172) 18/08/2009 07h48
Luís da Velosa (1172) 18/08/2009 07h48
Cartão Corporativo... mais atos secretos. Cadê a transparência?! Meu Deus, que horror! Quanto cinismo! Quanta corrupção! sem opinião
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Monica Rego (311) 17/08/2009 15h49
Monica Rego (311) 17/08/2009 15h49
La vem a mídia conservadora e os demos tucanos, com memória curta já devem ter se esquecido do serra-card ou alguma coisa mudou?!
Ainda veremos muito tucano e demos pfl na cadeia e o povo paulista, mineiro, gaúcho pedindo desculpas por tamanha ignorância...!!!
33 opiniões
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