Publicidade
Publicidade
27/10/2002
-
18h28
Luiz Inácio Lula da Silva, que, segundo pesquisa Datafolha será eleito hoje presidente do Brasil com 63% dos votos, terá de encontrar o caminho das pedras para o que a América do Sul vem procurando há tempos: abrir mão do ultra-liberalismo sem uma recaída para o populismo. Em síntese, segundo análise do jornal francês "Le Monde", o Brasil de Lula tenderá à chamada "terceira via".
"Depois de abraçar a influência liberal norte-americana e obter alguns resultados positivos, o continente [sul-americano] atravessou três anos de uma crise que refreou o crescimento, aumentou o desemprego e a desigualdade social", diz o jornal.
Com o governo de Lula, segundo o "Le Monde", o país teria chance de buscar um caminho alternativo entre o liberalismo e o protecionismo estatal, de uma forma mais "européia".
Mas o diário francês também analisa uma dificuldade que Lula deve enfrentar. "Entre o monitoramento do mercado financeiro internacional e a impaciência das massas populares", diz, "o governo viverá sob pressão constante".
Esquerda no poder
O jornal também enxerga a vitória de Lula como um avanço da esquerda em toda a América Latina em função do avanço do liberalismo norte-americano.
"A crise de Wall Street provocou aversão ao mercado financeiro, particularmente no Terceiro Mundo (...) A conseqüência política foi reversa: a esquerda avançou no Brasil, na Venezuela, no Equador, na Argentina, na Bolívia", avalia o "Le Monde".
O britânico "Guardian" vê de forma semelhante o avanço da oposição nas eleições brasileiras. "[A eleição de Lula] será uma grande vitória simbólica da esquerda, já que esse será o primeiro líder de origem popular a assumir o país em 502 anos de história."
Além disso, a avaliação de uma tendência de Lula e do PT mais para o centro do que para a esquerda é comum entre os diários europeus.
"A reputação dele [de Lula] assustou os mercados internacionais, o que pôs pressão sobre a economia e fez a moeda brasileira recuar 40% diante do dólar durante este ano", diz o "Guardian".
"No entanto Lula e seu Partido dos Trabalhadores adotaram mais moderação em sua retórica e dizem que darão continuidade a políticas econômicas que mantenham a inflação baixa."
Acompanhe a apuração nos Estados
Acompanhe a apuração para a Presidência
Veja também o especial Eleições 2002
Com Lula, Brasil tenderá à "terceira via", diz jornal europeu
da Folha OnlineLuiz Inácio Lula da Silva, que, segundo pesquisa Datafolha será eleito hoje presidente do Brasil com 63% dos votos, terá de encontrar o caminho das pedras para o que a América do Sul vem procurando há tempos: abrir mão do ultra-liberalismo sem uma recaída para o populismo. Em síntese, segundo análise do jornal francês "Le Monde", o Brasil de Lula tenderá à chamada "terceira via".
"Depois de abraçar a influência liberal norte-americana e obter alguns resultados positivos, o continente [sul-americano] atravessou três anos de uma crise que refreou o crescimento, aumentou o desemprego e a desigualdade social", diz o jornal.
Com o governo de Lula, segundo o "Le Monde", o país teria chance de buscar um caminho alternativo entre o liberalismo e o protecionismo estatal, de uma forma mais "européia".
Mas o diário francês também analisa uma dificuldade que Lula deve enfrentar. "Entre o monitoramento do mercado financeiro internacional e a impaciência das massas populares", diz, "o governo viverá sob pressão constante".
Esquerda no poder
O jornal também enxerga a vitória de Lula como um avanço da esquerda em toda a América Latina em função do avanço do liberalismo norte-americano.
"A crise de Wall Street provocou aversão ao mercado financeiro, particularmente no Terceiro Mundo (...) A conseqüência política foi reversa: a esquerda avançou no Brasil, na Venezuela, no Equador, na Argentina, na Bolívia", avalia o "Le Monde".
O britânico "Guardian" vê de forma semelhante o avanço da oposição nas eleições brasileiras. "[A eleição de Lula] será uma grande vitória simbólica da esquerda, já que esse será o primeiro líder de origem popular a assumir o país em 502 anos de história."
Além disso, a avaliação de uma tendência de Lula e do PT mais para o centro do que para a esquerda é comum entre os diários europeus.
"A reputação dele [de Lula] assustou os mercados internacionais, o que pôs pressão sobre a economia e fez a moeda brasileira recuar 40% diante do dólar durante este ano", diz o "Guardian".
"No entanto Lula e seu Partido dos Trabalhadores adotaram mais moderação em sua retórica e dizem que darão continuidade a políticas econômicas que mantenham a inflação baixa."
Acompanhe a apuração nos Estados
Acompanhe a apuração para a Presidência
Veja também o especial Eleições 2002
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice