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29/10/2002 - 22h22

Entenda o caso da morte de PC Farias e Suzana Marcolino

da Folha Online

Veja como mudou a história do caso PC Farias:

1996
PC Farias e Suzana Marcolino são encontrados mortos, com um tiro cada, no dia 23 de junho em Maceió. O inquérito conclui, fundamentado em laudo do legista Badan Palhares, que Suzana matou PC e se suicidou. Para justificar a trajetória da bala que perfurou Suzana no peito, Badan afirma que ela tinha 1,67 m de altura e PC, 1,63 m.

1997
Contralaudo de dois legistas e dois peritos afirma, baseado em projeção feita a partir de ossos do cadáver, que Suzana media cerca de 1,57 m. Com esse tamanho, a bala a teria atingido no rosto ou passado sobre um ombro, sustenta o contralaudo. Badan mantém a posição sobre a altura, e o debate não é conclusivo.

1999
22 de março: o promotor Luiz Vasconcelos afirma que "o maior conflito entre os laudos, não-conclusivo, é a altura. Não se sabe qual a correta. Tenho dois caminhos: oferecer denúncia ou arquivar. Com esse conflito e sem novos elementos, serei compelido a arquivar".

24 de março: a Folha de S.Paulo publica reportagem com oito fotografias de Suzana, obtidas após três meses de investigações, provando estar errada a altura do laudo de Badan Palhares. Ao lado de PC, de corpo inteiro, mesmo de salto alto, ela é mais baixa.

25 de março: o promotor Vasconcelos reabre as investigações e diz: "A Folha trouxe o elemento que faltava. Com esse elemento novo eu tenho um fato, uma prova real de que a altura não era a descrita no laudo inicial. Nós passamos a vislumbrar uma nova versão para esse crime".

26 de março: o delegado Cícero Torres, presidente do inquérito que concluiu por crime passional em 1996, afirma que PC usava palmilhas para ficar mais alto. A Folha publica nova foto em que, descalço, PC aparece mais alto do que Suzana.

31 de março: a Folha publica imagens e descreve o vídeo com a necropsia do corpo de Suzana feita pela equipe de Badan, mostrando que a altura do corpo não é medida em nenhum momento.

24 de maio: com base em dez fotografias publicadas pela Folha e anexadas aos autos do inquérito, a Unicamp divulga novo laudo sobre a altura de Suzana, concluindo que ela media de 1,53 m a 1,57 m.

26 de agosto: "É quase inevitável o indiciamento de Augusto Farias", diz o delegado Alcides Andrade.

28 de agosto: a Folha publica laudo inédito do perito Ailton Villanova, da Polícia Científica de Alagoas, elaborado em 1999, após reconstituição das mortes. Ele conclui que houve luta na sala da casa onde PC e Suzana morreram, e que os funcionários de PC mentiram ao dizer que entraram pela janela no quarto onde estavam os corpos.

19 de novembro: a polícia indicia Augusto, sob acusação de co-autoria. Além dele, mais oito são indiciados, todos ex-funcionários de PC. Entre eles, os quatro seguranças. Os oito réus de Alagoas e o deputado Augusto Farias afirmam não ter cometido crime algum.


Leia mais:
  • Seguranças de PC Farias serão julgados por tribunal do júri



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