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06/11/2002 - 13h47

FHC recebe título honoris causa de universidade no Rio

ELAINE COTTA
da Folha Online

O presidente Fernando Henrique Cardoso recebeu hoje o título de professor honoris causa da Universidade Cândido Mendes, do Rio de Janeiro.

Esse foi o primeiro título que FHC recebeu no Brasil desde que ocupa o cargo de presidente. Fora do país, o presidente foi homenageado diversas vezes nos últimos oito anos, tendo recebido inclusive o título de cavaleiro da Coroa Britânica.

Fernando Henrique fez um discurso de improviso. Não comentou sobre o período de transição do governo ou sobre as medidas que devem ser implantadas até o final do seu mandato. Disse também que só aceitou a homenagem por estar prestes a deixar o cargo de presidente do país.

Carioca de nascença, onde passou parte de sua infância, FHC disse que o Rio de Janeiro não é apenas um "álbum" da sua vida e sim "parte dela".

Em seu discurso, o Fernando Henrique agradeceu o título e disse que se sentiu privilegiado por ter sido condecorado ao lado do sociólogo francês Alain Touraine e do ex-presidente português, Mário Soares.

Touraine e Soares também receberam o título de professor honoris causa da Universidade Cândido Mendes hoje.

Lição de democracia
O ex-presidente português Mário Soares disse em seu discurso após receber o título da Universidade Cândido Mendes que a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições do dia 27 de outubro foi um exemplo da democracia brasileira.

"O Brasil deu um exemplo de civismo e democracia ao eleger o novo presidente", disse. "Estou confiante no Brasil e no seu futuro".

Soares, que almoçou com Lula ontem no Rio de Janeiro, afirmou que as instituições internacionais e especialmente a União Européia deverão apoiar o Brasil para que o país consiga superar a crise.

Soares criticou indiretamente a União Européia ao afirmar que o bloco não deu apoio suficiente ao Mercosul. Ele citou o exemplo da Argentina como um caso a ser evitado e disse que daqui para frente a "UE deverá tratar o Brasil como o país merece".

''Esperamos que o rolo compressor do pensamento neoliberal possa dar lugar ao multiculturalismo e ao multilinguismo'', disse Soares.
 

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