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13/02/2003
-
07h33
EDUARDO SCOLESE
da Agência Folha
O número de assassinatos resultantes de conflitos fundiários cresceu 31% no ano passado em relação a 2001, enquanto a quantidade de trabalhadores flagrados em situação análoga à escravidão avançou 126%, no mesmo período, de acordo com a CPT (Comissão Pastoral da Terra).
A última vez em que o número de assassinatos no campo superou os 38 casos registrados no ano passado foi em 1996, quando 46 trabalhadores rurais foram mortos, sendo 19 deles apenas no massacre de Eldorado do Carajás (PA). Se comparado com 2000, o avanço chega a 81%, segundo o levantamento anual da Pastoral.
O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) informou ontem que vai manter a posição do governo Fernando Henrique Cardoso de não utilizar oficialmente os dados da CPT.
Até 1999, os dados da CPT integravam os balanços anuais da reforma agrária do governo federal. No ano seguinte, o levantamento passou a ser feito pela Ouvidoria Agrária Nacional, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário.
A CPT e a Ouvidoria, porém, disseram que vão conversar para buscar um ajuste entre os números. Segundo a Ouvidoria, em 2002 ocorreram 20 crimes no campo, pouco mais da metade do verificado pela CPT.
O balanço da CPT, obtido pela Agência Folha, será divulgado hoje, em Brasília, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Dom Tomás Balduíno e Marcelo Resende, presidentes da CPT e do Incra, respectivamente, participarão da coletiva, junto a representantes de movimentos sociais.
Número de mortes por posse de terra subiu 31%, diz CPT
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da Agência Folha
O número de assassinatos resultantes de conflitos fundiários cresceu 31% no ano passado em relação a 2001, enquanto a quantidade de trabalhadores flagrados em situação análoga à escravidão avançou 126%, no mesmo período, de acordo com a CPT (Comissão Pastoral da Terra).
A última vez em que o número de assassinatos no campo superou os 38 casos registrados no ano passado foi em 1996, quando 46 trabalhadores rurais foram mortos, sendo 19 deles apenas no massacre de Eldorado do Carajás (PA). Se comparado com 2000, o avanço chega a 81%, segundo o levantamento anual da Pastoral.
O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) informou ontem que vai manter a posição do governo Fernando Henrique Cardoso de não utilizar oficialmente os dados da CPT.
Até 1999, os dados da CPT integravam os balanços anuais da reforma agrária do governo federal. No ano seguinte, o levantamento passou a ser feito pela Ouvidoria Agrária Nacional, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário.
A CPT e a Ouvidoria, porém, disseram que vão conversar para buscar um ajuste entre os números. Segundo a Ouvidoria, em 2002 ocorreram 20 crimes no campo, pouco mais da metade do verificado pela CPT.
O balanço da CPT, obtido pela Agência Folha, será divulgado hoje, em Brasília, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Dom Tomás Balduíno e Marcelo Resende, presidentes da CPT e do Incra, respectivamente, participarão da coletiva, junto a representantes de movimentos sociais.
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