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08/12/2008 - 12h43

CPI dos Grampos quer criar estatuto para regulamentar escutas telefônicas no país

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

A CPI das Escutas Clandestinas da Câmara quer produzir, no final de seus trabalhos, uma espécie de "estatuto" para regulamentar as escutas telefônicas no país. A idéia de integrantes da comissão é ampliar as regras sobre as escutas para reduzir as lacunas na legislação brasileira que permitem a proliferação de grampos clandestinos no país.

A Folha Online apurou que o projeto do "estatuto" em discussão na CPI deve estabelecer a obrigatoriedade do registro de equipamentos de escutas telefônicas que existem atualmente no Brasil --exemplo do que já ocorre com as armas de fogo. Cada equipamento de escuta teria que ser registrado junto ao governo federal, estadual ou municipal para facilitar a identificação das escutas.

Outra idéia dos parlamentares é detalhar, no projeto, a responsabilidade das operadoras telefônicas na realização de escutas --limitando, por exemplo, o número de funcionários indicados para grampear telefones autorizados judicialmente para serem monitorados.

A CPI quer regulamentar a realização de escutas depois de concluir que as operadoras não são as únicas responsáveis por grampear telefones no país. "Dados sobre grampos que chegaram à CPI foram levantados por operadoras telefônicas, mas pode haver escutas sem estarem diretamente ligadas às operadoras", disse o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR).

O tucano disse que vai propor à CPI para incluir no estatuto sugestões reunidas em uma série de projetos que tramitam na Câmara sobre escutas telefônicas. Um dos projetos, por exemplo, autoriza a polícia a realizar escutas telefônicas sem autorização judicial em episódios considerados "urgentes", como no caso de seqüestros. A autoridade policial, pelo projeto, teria 24 horas para comunicar o juiz sobre a realização da escuta.

O deputado disse que outro projeto sugere o ressarcimento às operadoras telefônicas com os gastos de escutas realizadas a pedido da Justiça. "Há muitas dúvidas que teremos que discutir para serem ou não incluídas nessa proposta final da CPI. Por exemplo: deve-se comunicar ou não o investigado após a conclusão das escutas? De qualquer maneira, o controle absoluto de grampos em qualquer lugar é muito difícil", admitiu o parlamentar.

Investigações

A duas semanas do início do recesso parlamentar, a CPI vai dedicar os próximos dias para ouvir técnicos e autoridades jurídicas e policiais a respeito da realização de escutas. Nesta quarta-feira, a comissão vai ouvir os depoimentos do subprocurador da República Juarez Estavam Xavier e do advogado criminalista Cezar Roberto Bitencourt.

A comissão quer reunir detalhes sobre os grampos para incluí-los no "estatuto" que deve ser elaborado ao final dos trabalhos. O relator da comissão, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), vai usar o período do recesso parlamentar legislativo para montar o texto-final que será apresentado à comissão --incluindo o projeto do "estatuto" das escutas telefônicas.

Comentários dos leitores
Mael Nogueira (49) 07/08/2009 12h00
Mael Nogueira (49) 07/08/2009 12h00
Sobre a matéria:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u606408.shtml
Está na hora da OEA intervir no SENADO e enviar observadores internacionais, caso contrário, o SENADO brasileiro entrará numa crise sem precedentes e isso poderá desestabilizar a democracia no país e a OEA deve obrigar a colocar os Senadores para trabalhar e votar os projetos encalhados e acabar de vez com a ganância pelo poder e cuidar dos seus proprios interesses e de seus partidos políticos.
O SENADO está sendo uma vergonha para o Brasil, parem com esta guerra e coloque a pauta de votação em dia!!!
sem opinião
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Monica Rego (221) 01/07/2009 20h00
Monica Rego (221) 01/07/2009 20h00
Demo tucano e a mídia conservadora tudo a ver!!! 2 opiniões
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Rui Vendramin (1) 01/07/2009 14h25
Rui Vendramin (1) 01/07/2009 14h25
E agora? Será que aquela "revista" semanal, o Senador e o Ministro que afirmaram à Nação que houve diálogo, destes últimos, grampeado, serão chamados a explicar - e comprovar - o que de fato ocorreu? ou aquela "notícia" foi divulgada supostamente apenas para desmoralizar a investigação da PF sobre o Banqueiro condenado? 3 opiniões
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