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27/04/2003
-
19h31
da Agência Folha
O ex-presidente Itamar Franco (sem partido) colocou à disposição do governo federal sua nomeação para o cargo de embaixador do Brasil em Roma. Ele teria ficado insatisfeito com a aprovação apertada de sua indicação pelo Senado _com 29 votos a favor e 25 contra, no último dia 16.
Em carta encaminhada ao ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) no final da tarde de sexta-feira, Itamar afirma que as circunstâncias de sua aprovação o "obrigam a não aceitar a indicação" e que "a aceitação envolveria grave constrangimento".
O ex-governador cita sua participação em missões internacionais em Portugal e nos Estados Unidos, durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), para criticar a postura dos senadores.
"Alguns poucos insistem em transformar a aprovação do embaixador do Brasil na Itália em atos de repercussões políticas, éticas e imorais inaceitáveis por quem jamais compactua com este tipo de ação mesquinha e torpe. As injunções e interesses pessoais não haverão de prevalecer", escreveu ao chanceler.
A carta é datada de 16 de abril (dia de sua aprovação no Senado) e foi encaminhada diretamente a Amorim após reuniões com colaboradores.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) -que já foi acusado por Itamar de não ter retribuído o apoio dado pelo ex-presidente nas eleições do ano passado- ainda não foi informado oficialmente sobre a carta, de acordo com o Itamaraty.
A assessoria de imprensa do Itamaraty informou ontem que nem Amorim havia sido informado. O ministro chegou anteontem de uma viagem ao Peru e seguiu direto para Recife, onde participou de compromissos ao lado de Lula.
À noite, segundo sua assessoria, Amorim retornou direto para sua casa, em Brasília.
O ex-presidente e ex-governador de Minas Gerais Itamar Franco não foi localizado pela reportagem para comentar sua decisão.
Caso sua renúncia seja aceita, o ex-deputado e jornalista Márcio Moreira Alves deverá ser indicado para o cargo.
Itamar oficializa desistência de nomeação para embaixada em Roma
ADRIANA CHAVESda Agência Folha
O ex-presidente Itamar Franco (sem partido) colocou à disposição do governo federal sua nomeação para o cargo de embaixador do Brasil em Roma. Ele teria ficado insatisfeito com a aprovação apertada de sua indicação pelo Senado _com 29 votos a favor e 25 contra, no último dia 16.
Em carta encaminhada ao ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) no final da tarde de sexta-feira, Itamar afirma que as circunstâncias de sua aprovação o "obrigam a não aceitar a indicação" e que "a aceitação envolveria grave constrangimento".
O ex-governador cita sua participação em missões internacionais em Portugal e nos Estados Unidos, durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), para criticar a postura dos senadores.
"Alguns poucos insistem em transformar a aprovação do embaixador do Brasil na Itália em atos de repercussões políticas, éticas e imorais inaceitáveis por quem jamais compactua com este tipo de ação mesquinha e torpe. As injunções e interesses pessoais não haverão de prevalecer", escreveu ao chanceler.
A carta é datada de 16 de abril (dia de sua aprovação no Senado) e foi encaminhada diretamente a Amorim após reuniões com colaboradores.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) -que já foi acusado por Itamar de não ter retribuído o apoio dado pelo ex-presidente nas eleições do ano passado- ainda não foi informado oficialmente sobre a carta, de acordo com o Itamaraty.
A assessoria de imprensa do Itamaraty informou ontem que nem Amorim havia sido informado. O ministro chegou anteontem de uma viagem ao Peru e seguiu direto para Recife, onde participou de compromissos ao lado de Lula.
À noite, segundo sua assessoria, Amorim retornou direto para sua casa, em Brasília.
O ex-presidente e ex-governador de Minas Gerais Itamar Franco não foi localizado pela reportagem para comentar sua decisão.
Caso sua renúncia seja aceita, o ex-deputado e jornalista Márcio Moreira Alves deverá ser indicado para o cargo.
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