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08/05/2003 - 10h35

STF já teve dois ministros mulatos, diz historiadora

da Folha de S.Paulo
da Folha Online

Para a historiadora Lêda Boechat Rodrigues, 85, do ponto de vista antropológico, o procurador da República Joaquim Benedito Barbosa Gomes não é o primeiro ministro negro indicado para integrar o STF (Supremo Tribunal Federal).

Autora do livro "História do Supremo Tribunal Federal", lançado em 1991, Lêda afirmou que dois advogados de raça negra já fizeram parte da galeria de ministros do Supremo: Pedro Augusto Carneiro Lessa e Hermenegildo Rodrigues de Barros, nomeados em 1907 e em 1919, respectivamente.

"Pedro Lessa era mulato claro e o Hermenegildo, mulato escuro", declarou a historiadora.

Carneiro Lessa


Reprodução
Pedro Augusto Carneiro Lessa
Pedro Augusto Carneiro Lessa, nascido em 25 de setembro de 1859 na cidade de Serro (MG), formou-se no curso de humanidades e direito em São Paulo, tendo feito doutorado em 1888.

Foi secretário e chefe de polícia do Estado de São Paulo, antes de ser eleito deputado para o Congresso Constituinte estadual. Após abandonar a política, dedicou-se à advocacia, em especial ao estudo da filosofia do direito no Brasil.

Por sua atuação, foi nomeado em 26 de outubro de 1907 ministro do STF, pelo presidente Afonso Pena.

Casado com Paula de Aguiar, pertenceu também ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e à Academia Brasileira de Letras.

Lessa morreu no Rio de Janeiro, em 25 de julho de 1921.

Rodrigues de Barros


Reprodução
Hermenegildo Rodrigues de Barros
Hermenegildo Rodrigues de Barros, nasceu no dia 31 de agosto de 1866, na cidade de Januária (MG). Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito de São Paulo.

No início de sua carreira, atuou como promotor público em Minas Gerais até ser nomeado juiz municipal de São Francisco. Em 1903, foi nomeado desembargador do Estado.

Nomeado ministro do STF em decreto de 23 de junho de 1919, tendo sido eleito vice-presidente do tribunal em 1931 e reeleito em 1934. Aposentou-se por decreto de 16 de novembro de 1937.

Barros morreu em 24 de setembro de 1955, no Rio de Janeiro.



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