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24/05/2003
-
07h17
No dia 1º de setembro de 1994, o então ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, Rubens Ricupero, teve sua conversa com o jornalista Carlos Monforte captada por telespectadores com antenas parabólicas antes de a entrevista à TV Globo ir ao ar. Ele afirmou: "Eu não tenho escrúpulos. O que é bom a gente fatura; o que é ruim, esconde".
A repercussão do caso levou Ricupero a deixar o cargo três dias depois, em 4 de setembro.
Há semelhanças e diferenças entre o episódio de Ricupero e o vivido ontem por José Dirceu. Flagrado pelo telão, o ministro-chefe da Casa Civil da Presidência de Luiz Inácio Lula da Silva falava a um auditório com platéia restrita, mas não em tom de confidência a poucas testemunhas.
Cavalo-de-pau
O termo "cavalo-de-pau", usado ontem por Dirceu, foi usado por Lula pelo menos em duas ocasiões, ao defender mudança lenta nos rumos da política econômica.
"O Brasil não é um Fusquinha, que pode dar um cavalo-de-pau, é um transatlântico. Se a virada não for feita aos poucos, pode afundar. E nós não temos vocação para Titanic", disse o presidente durante encontro com prefeitos, em 11 de fevereiro, um dia depois de ter anunciado um corte de R$ 14,1 bilhões no Orçamento.
Em 27 de março, voltou a dizer a empresários: "O Palocci [Antonio Palocci Filho, ministro da Fazenda] criou uma frase que eu tenho repetido: o Brasil é um navio, e em um navio a gente não dá cavalo-de-pau, cavalo-de-pau a gente dá em um fusquinha".
Em 94, Ricupero foi flagrado por parabólica
da Folha de S.PauloNo dia 1º de setembro de 1994, o então ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, Rubens Ricupero, teve sua conversa com o jornalista Carlos Monforte captada por telespectadores com antenas parabólicas antes de a entrevista à TV Globo ir ao ar. Ele afirmou: "Eu não tenho escrúpulos. O que é bom a gente fatura; o que é ruim, esconde".
A repercussão do caso levou Ricupero a deixar o cargo três dias depois, em 4 de setembro.
Há semelhanças e diferenças entre o episódio de Ricupero e o vivido ontem por José Dirceu. Flagrado pelo telão, o ministro-chefe da Casa Civil da Presidência de Luiz Inácio Lula da Silva falava a um auditório com platéia restrita, mas não em tom de confidência a poucas testemunhas.
Cavalo-de-pau
O termo "cavalo-de-pau", usado ontem por Dirceu, foi usado por Lula pelo menos em duas ocasiões, ao defender mudança lenta nos rumos da política econômica.
"O Brasil não é um Fusquinha, que pode dar um cavalo-de-pau, é um transatlântico. Se a virada não for feita aos poucos, pode afundar. E nós não temos vocação para Titanic", disse o presidente durante encontro com prefeitos, em 11 de fevereiro, um dia depois de ter anunciado um corte de R$ 14,1 bilhões no Orçamento.
Em 27 de março, voltou a dizer a empresários: "O Palocci [Antonio Palocci Filho, ministro da Fazenda] criou uma frase que eu tenho repetido: o Brasil é um navio, e em um navio a gente não dá cavalo-de-pau, cavalo-de-pau a gente dá em um fusquinha".
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