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28/05/2003
-
17h37
da Folha Online, em Brasília
O PT "bateu cabeça" nesta quarta-feira na Câmara dos Deputados e comprometeu o esforço feito pelos partidos da base aliada para votar ainda hoje o relatório do deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR) sobre a reforma tributária na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
A comissão iria apreciar requerimento para encerrar as discussões e iniciar a votação do parecer, quando o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), convocou os deputados para o início da ordem do dia. Pelo regimento interno, todas as comissões devem encerrar seus trabalhos após o início da ordem do dia, ou suas decisões podem ser invalidadas.
Com o adiamento, a votação do parecer de Serraglio foi marcado para amanhã, a partir das 10h, pelo presidente da CCJ, Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP).
Reação na base
O encerramento da sessão pegou de surpresa vários deputados da base aliada e líderes governistas.
O líder do PTB, Roberto Jefferson (RJ), foi irônico ao comentar o fato. "Isso só acontece no governo do PT. O Aleluia [José Carlos Aleluia, líder do PFL] não sabe ser oposição e o PT não sabe ser governo", afirmou sorrindo.
O líder do governo na Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), contemporizou a derrapada de João Paulo, classificando o episódio como compreensível. "O entusiasmo de integrantes da base do governo em votar as propostas de reforma do governo é absolutamente natural e compreensível", disse.
Após o encerramento da sessão, os líderes aliados se reuniram com Greenhalgh, Serraglio e o relator da reforma da Previdência na comissão, Maurício Rands (PT-SE). Eles disseram reconhecer que cometeram um erro.
O deputado Vicente Cascione (PTB-SP), um dos vice-líderes do governo, chegou a dar socos na mesa da CCJ e esbravejou. "Isso é um absurdo. Nós estamos fazendo um trabalho sério, bastava um telefonema", afirmou.
Rands disse que o episódio "foi uma derrapadinha simples e contornável". "Não deu nem para torcer o tornozelo", afirmou.
Cascione disse que era necessário apenas um contato entre Greenhalgh pedindo a Cunha que atrasasse um pouco o início da ordem do dia ou que alguém caminhasse os cem metros que separam a sala da CCJ do plenário para falar com Cunha. Segundo Rands, os líderes tentaram telefonar para Cunha, mas não conseguiram.
PT "bate cabeça" e votação de reforma tributária fica para amanhã
RICARDO MIGNONEda Folha Online, em Brasília
O PT "bateu cabeça" nesta quarta-feira na Câmara dos Deputados e comprometeu o esforço feito pelos partidos da base aliada para votar ainda hoje o relatório do deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR) sobre a reforma tributária na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
A comissão iria apreciar requerimento para encerrar as discussões e iniciar a votação do parecer, quando o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), convocou os deputados para o início da ordem do dia. Pelo regimento interno, todas as comissões devem encerrar seus trabalhos após o início da ordem do dia, ou suas decisões podem ser invalidadas.
Com o adiamento, a votação do parecer de Serraglio foi marcado para amanhã, a partir das 10h, pelo presidente da CCJ, Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP).
Reação na base
O encerramento da sessão pegou de surpresa vários deputados da base aliada e líderes governistas.
O líder do PTB, Roberto Jefferson (RJ), foi irônico ao comentar o fato. "Isso só acontece no governo do PT. O Aleluia [José Carlos Aleluia, líder do PFL] não sabe ser oposição e o PT não sabe ser governo", afirmou sorrindo.
O líder do governo na Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), contemporizou a derrapada de João Paulo, classificando o episódio como compreensível. "O entusiasmo de integrantes da base do governo em votar as propostas de reforma do governo é absolutamente natural e compreensível", disse.
Após o encerramento da sessão, os líderes aliados se reuniram com Greenhalgh, Serraglio e o relator da reforma da Previdência na comissão, Maurício Rands (PT-SE). Eles disseram reconhecer que cometeram um erro.
O deputado Vicente Cascione (PTB-SP), um dos vice-líderes do governo, chegou a dar socos na mesa da CCJ e esbravejou. "Isso é um absurdo. Nós estamos fazendo um trabalho sério, bastava um telefonema", afirmou.
Rands disse que o episódio "foi uma derrapadinha simples e contornável". "Não deu nem para torcer o tornozelo", afirmou.
Cascione disse que era necessário apenas um contato entre Greenhalgh pedindo a Cunha que atrasasse um pouco o início da ordem do dia ou que alguém caminhasse os cem metros que separam a sala da CCJ do plenário para falar com Cunha. Segundo Rands, os líderes tentaram telefonar para Cunha, mas não conseguiram.
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