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04/06/2003
-
22h14
da Agência Folha
O número de mortes resultantes de conflitos agrários neste ano, passados pouco mais de cinco meses de governo Luiz Inácio Lula da Silva, já ultrapassou o total de assassinatos registrados em todo o ano passado. Segundo a Ouvidoria Agrária Nacional, com a morte ocorrida hoje, já foram nove assassinatos neste ano, contra oito em 2002.
"A situação continua extremamente preocupante. Temos de tomar medidas para que não ocorram novos assassinatos", afirmou ontem o ouvidor agrário nacional, Gercino da Silva Filho --que, no último dia 23, disse à Agência Folha temer "várias mortes" no campo devido ao atual clima de tensão.
Gercino viajou hoje à noite para João Pessoa (PB). Amanhã ele se reunirá com representantes do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), do governo do Estado, do Ministério Público e de movimentos sociais ligados à luta pela terra.
Sobre o conflito de ontem em Jacaraú (PB), o ouvidor agrário nacional disse: "Houve culpa dos trabalhadores ao invadirem a fazenda, e o fazendeiro também errou porque a presença de pistoleiros em qualquer fazenda, em vez de evitar, acaba contribuindo para a ocorrência de violência e de assassinatos".
Em nota, a coordenação nacional da CPT (Comissão Pastoral da Terra) afirmou que o caso de ontem "é mais um elo da grande corrente de violência que se pratica contra os trabalhadores rurais da Paraíba e que vem mostrar a falta de empenho das autoridades em desenvolver ações eficazes para resolver o problema".
O governador do Estado, Cássio Cunha Lima (PSDB), que estava ontem em Brasília para assinatura do protocolo de adesão ao Sistema Único de Segurança Pública, rebateu, dizendo tratar-se de um caso pontual. "Não há omissão do governo. Infelizmente temos um ambiente de insegurança no país como um todo e que é mais forte nos conflitos de terra."
O tucano prosseguiu: "Vamos fazer tudo o que for preciso para prender os responsáveis pelo homicídio e pelas tentativas de homicídio. Agiremos com todo o rigor em parceria com a Comissão Pastoral da Terra, MST e Incra para que os responsáveis sejam presos e punidos por isso."
Número de mortes no campo supera o do ano passado
EDUARDO SCOLESEda Agência Folha
O número de mortes resultantes de conflitos agrários neste ano, passados pouco mais de cinco meses de governo Luiz Inácio Lula da Silva, já ultrapassou o total de assassinatos registrados em todo o ano passado. Segundo a Ouvidoria Agrária Nacional, com a morte ocorrida hoje, já foram nove assassinatos neste ano, contra oito em 2002.
"A situação continua extremamente preocupante. Temos de tomar medidas para que não ocorram novos assassinatos", afirmou ontem o ouvidor agrário nacional, Gercino da Silva Filho --que, no último dia 23, disse à Agência Folha temer "várias mortes" no campo devido ao atual clima de tensão.
Gercino viajou hoje à noite para João Pessoa (PB). Amanhã ele se reunirá com representantes do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), do governo do Estado, do Ministério Público e de movimentos sociais ligados à luta pela terra.
Sobre o conflito de ontem em Jacaraú (PB), o ouvidor agrário nacional disse: "Houve culpa dos trabalhadores ao invadirem a fazenda, e o fazendeiro também errou porque a presença de pistoleiros em qualquer fazenda, em vez de evitar, acaba contribuindo para a ocorrência de violência e de assassinatos".
Em nota, a coordenação nacional da CPT (Comissão Pastoral da Terra) afirmou que o caso de ontem "é mais um elo da grande corrente de violência que se pratica contra os trabalhadores rurais da Paraíba e que vem mostrar a falta de empenho das autoridades em desenvolver ações eficazes para resolver o problema".
O governador do Estado, Cássio Cunha Lima (PSDB), que estava ontem em Brasília para assinatura do protocolo de adesão ao Sistema Único de Segurança Pública, rebateu, dizendo tratar-se de um caso pontual. "Não há omissão do governo. Infelizmente temos um ambiente de insegurança no país como um todo e que é mais forte nos conflitos de terra."
O tucano prosseguiu: "Vamos fazer tudo o que for preciso para prender os responsáveis pelo homicídio e pelas tentativas de homicídio. Agiremos com todo o rigor em parceria com a Comissão Pastoral da Terra, MST e Incra para que os responsáveis sejam presos e punidos por isso."
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