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10/12/2003 - 04h42

Lula e Marisa se divertem com múmias

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do enviado especial da Folha de S.Paulo ao Cairo

O presidente Lula aproveitou seu segundo dia no Egito para visitar o Museu do Cairo na parte da manhã --já que nesse período do dia estava quase livre de programação oficial.

Ao chegarem, Lula, a primeira-dama, Marisa, e parte de sua delegação foram diretamente para a ala onde estão objetos do faraó Tutancâmon (1340 a.C.-1322 a.C.), o único imperador egípcio que, até hoje, teve a tumba encontrada intacta, em 1922.

Sua tumba foi a única não saqueada por ter sido construída no subsolo de outra, usada pelo faraó Ramsés 6º. "Veja desde quando vem o crime organizado", disse Lula ao saber dos saques às tumbas.

Ao entrar na sala onde está o sarcófago de ouro maciço, pesando 121 kg, usado no sepultamento de Tutankamon, o presidente foi informado que o escaravelho sobre a múmia, na altura do coração, significava que o imperador havia feito um juramento de isenção de 70 pecados.

"Aqui não eram dez mandamentos, mas 70", disse o guia Gamal Kalifa, egípcio que aprendeu português em Portugal. "Imagine, 70! É muito pecado", disse Marisa Letícia.

Apesar da riqueza do tesouro de Tutankamon, Lula e Marisa ficaram mais impressionados com a sala onde estavam as múmias de faraós famosos, várias sem a cobertura de linho --o que permite ver a expressão facial e o estado dos cabelos.

É nessa sala em que se encontra a múmia de Ramsés 2º, que governou por 67 anos e morreu com 92. É tido como o mais longevo dos imperadores do Egito. Segundo a diretora assistente do museu, Wafaa el Seddik, "ele teve cerca de 200 filhos com 60 mulheres".

Ao ouvir a explicação, Lula tirou uma conclusão: "Tinha tanta dor de cabeça que não tinha tempo para se preocupar com doencinhas".

"O cabelo dele está branquinho, olha lá", disse a primeira-dama sobre Ramsés 2º. Lula completou com uma brincadeira: "Tem cabelo ainda. Está perfeito. O Ricardo Kotscho em vida tem menos cabelo do que ele", disse sobre o secretário de Imprensa da Presidência.

A sala das múmias tem a iluminação reduzida para ajudar na preservação dos objetos. Só o fotógrafo oficial da Presidência entrou e pôde fazer fotos.

Antes de sair do museu, uma última pergunta do presidente brasileiro. Por que algumas múmias eram mais claras e outras mais escuras? Indagou então ao guia se havia possibilidade de haver algum "faraó de cor". Ouviu que alguns, de fato, vinham do sul do Egito, mas que não eram negros.

O presidente saiu do local já atrasado para um encontro com o primeiro-ministro do Egito, Atef Ebeid.
 

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