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12/04/2004 - 09h21

Antropólogo Otávio Velho faz estudo da religião

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da Folha de S.Paulo, no Rio

Professor titular há 20 anos do Museu Nacional, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), o antropólogo Otávio Velho, 62, é especialista no estudo da religião e de sua relação com a ciência e a política. No momento, dedica-se ao estudo das modalidades de discurso político.

"Há uma certa dificuldade hoje de se saber qual é de fato a natureza da atividade política, uma tendência de avaliar a política com parâmetros que não são dela", disse Velho, que não é filiado ao PT nem a outro partido e votou em Lula em 2002.

Autor de "Relativizando o Relativismo", considerado um clássico da antropologia nacional, Velho foi aluno do professor Roberto DaMatta, hoje na Universidade de Notre Dame (EUA). Para ele, o discurso "mistificador" do relativismo cultural acabou por deixar de lado questões centrais da sociedade brasileira, como raça, religiosidade e gênero.

"A antropologia diz que é preciso estranhar o familiar. Mas quantos de nós somos capazes de enxergar o óbvio? Por exemplo, a ausência de negros em nossas universidades públicas, sobretudo na pós-graduação. É crível, ainda, justificar isso em nome do sincretismo?", pergunta Velho em um artigo recente.

Otávio é irmão de Gilberto Velho, também antropólogo e autor de "A Utopia Urbana" e "Individualismo e Cultura". Otávio Velho é autor ainda dos livros "Fenômeno Urbano" (org.) e "Besta Fera", entre outros.
 

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