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11/05/2004
-
20h48
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
A decisão do governo de cancelar o visto do correspondente do jornal norte-americano "The New York Times", autor de reportagem sobre os hábitos de consumo de bebidas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, representa um "caso de censura e perseguição política", segundo a presidente da ACE (Associação dos Correspondentes Estrangeiros) de São Paulo, Verónica Goyzueta.
O Ministério da Justiça considerou a reportagem, publicada no último domingo, como "leviana, mentirosa e ofensiva à honra" do presidente, com "grave prejuízo à imagem do país no exterior", e classificou de "inconveniente" a presença do jornalista Larry Rohter no país.
"É muito triste e séria essa decisão do governo brasileiro. Haverá uma reação muito negativa entre os correspondentes e no exterior", disse Goyzueta.
Segundo a jornalista, atualmente existem mais de 250 correspondentes estrangeiros trabalhando no país. A maioria (130) está instalada no Rio --outros 110 em São Paulo e 15 em Brasília.
"Vamos discutir o caso e realizar manifestações em São Paulo e no Rio contra essa retaliação", disse a presidente da ACE.
Segundo Goyzueta, a decisão de cancelar o visto do jornalista vai prejudicar os esforços do governo Lula de melhorar a comunicação com os correspondentes estrangeiros.
"A nossa situação de trabalho fica complicada. É uma ameaça à liberdade de imprensa, pois se você escrever algo que desagrada o governo corre o risco de ser perseguido e retaliado com a perda do visto", afirmou Goyzueta.
Ela diz lamentar que a decisão seja tomada por um governo que tem, entre seus representantes, políticos que foram perseguidos na época da ditadura militar.
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Expulsar jornalista é censura, diz associação de correspondentes
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da Folha Online
A decisão do governo de cancelar o visto do correspondente do jornal norte-americano "The New York Times", autor de reportagem sobre os hábitos de consumo de bebidas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, representa um "caso de censura e perseguição política", segundo a presidente da ACE (Associação dos Correspondentes Estrangeiros) de São Paulo, Verónica Goyzueta.
O Ministério da Justiça considerou a reportagem, publicada no último domingo, como "leviana, mentirosa e ofensiva à honra" do presidente, com "grave prejuízo à imagem do país no exterior", e classificou de "inconveniente" a presença do jornalista Larry Rohter no país.
"É muito triste e séria essa decisão do governo brasileiro. Haverá uma reação muito negativa entre os correspondentes e no exterior", disse Goyzueta.
Segundo a jornalista, atualmente existem mais de 250 correspondentes estrangeiros trabalhando no país. A maioria (130) está instalada no Rio --outros 110 em São Paulo e 15 em Brasília.
"Vamos discutir o caso e realizar manifestações em São Paulo e no Rio contra essa retaliação", disse a presidente da ACE.
Segundo Goyzueta, a decisão de cancelar o visto do jornalista vai prejudicar os esforços do governo Lula de melhorar a comunicação com os correspondentes estrangeiros.
"A nossa situação de trabalho fica complicada. É uma ameaça à liberdade de imprensa, pois se você escrever algo que desagrada o governo corre o risco de ser perseguido e retaliado com a perda do visto", afirmou Goyzueta.
Ela diz lamentar que a decisão seja tomada por um governo que tem, entre seus representantes, políticos que foram perseguidos na época da ditadura militar.
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