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29/05/2004
-
08h45
dos enviados especiais da Folha de S.Paulo a Guadalajara
Uma das maiores atrações da Cúpula América Latina e Caribe-União Européia, Hugo Chávez negou anteontem à noite que as relações com Lula tenham se distanciado.
Diferentemente de reuniões anteriores, o presidente venezuelano não estava entre os dez líderes que se encontrariam em separado com o presidente brasileiro.
Questionado pela Folha se as relações estavam frias com Lula, já que, ao contrário de encontros anteriores, não se encontrariam em separado, Chávez disse: "É uma livre interpretação sua. Tenho o mesmo calor por Lula e pelo Brasil. Somos 58 chefes de Estado e de governo, e é claro que não teríamos tempo de nos encontrarmos todos separadamente".
"Continuamos com o processo de aproximação econômica com o Brasil, que nos apóia em várias obras de infra-estrutura com financiamento do BNDES, por exemplo, com a linha três do metrô de Caracas", concluiu, em entrevista a jornalistas durante a sua chegada a Guadalajara.
Dois pontos têm afetado as relações entre Lula e Chávez. O mais importante é o recente aumento do tom das críticas de chavistas contra o Grupo de Amigos da Venezuela.
Criado no ano passado por iniciativa de Lula, o grupo é formado por Brasil, Chile, Espanha, Estados Unidos, México e Portugal e tem como objetivo facilitar as negociações entre governo e a oposição, que neste fim de semana tenta, mais uma vez, recolher assinaturas em favor de um referendo sobre a saída de Chávez do poder.
A polarização política na Venezuela já resultou em dezenas de mortos nos últimos dois anos, além de uma tentativa de golpe de Estado, em abril de 2002, e de uma greve geral promovida pela oposição, que paralisou a economia do país entre dezembro de 2002 e fevereiro de 2003.
Em entrevista à Folha nesta semana, um dos principais líderes chavistas, o deputado Willian Lara, disse que o grupo "tem um sério problema interno" por incluir os EUA, país acusado pelo governo de participar da tentativa de golpe, em abril de 2002. Washington nega envolvimento, mas tem criticado duramente Chávez.
Outro ponto de discordância entre Brasil e Venezuela se refere ao Haiti. Chávez acusa os EUA de "seqüestrar e derrubar" o ex-presidente Jean-Bertrand Aristide, que deixou o cargo em fevereiro após uma onda de violentos protestos. O venezuelano não reconhece o governo haitiano.
O Brasil, por outro lado, entende que Aristide renunciou e que houve uma transição constitucional de governo.
Hugo Chávez nega que relações com Lula estejam estremecidas
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Uma das maiores atrações da Cúpula América Latina e Caribe-União Européia, Hugo Chávez negou anteontem à noite que as relações com Lula tenham se distanciado.
Diferentemente de reuniões anteriores, o presidente venezuelano não estava entre os dez líderes que se encontrariam em separado com o presidente brasileiro.
Questionado pela Folha se as relações estavam frias com Lula, já que, ao contrário de encontros anteriores, não se encontrariam em separado, Chávez disse: "É uma livre interpretação sua. Tenho o mesmo calor por Lula e pelo Brasil. Somos 58 chefes de Estado e de governo, e é claro que não teríamos tempo de nos encontrarmos todos separadamente".
"Continuamos com o processo de aproximação econômica com o Brasil, que nos apóia em várias obras de infra-estrutura com financiamento do BNDES, por exemplo, com a linha três do metrô de Caracas", concluiu, em entrevista a jornalistas durante a sua chegada a Guadalajara.
Dois pontos têm afetado as relações entre Lula e Chávez. O mais importante é o recente aumento do tom das críticas de chavistas contra o Grupo de Amigos da Venezuela.
Criado no ano passado por iniciativa de Lula, o grupo é formado por Brasil, Chile, Espanha, Estados Unidos, México e Portugal e tem como objetivo facilitar as negociações entre governo e a oposição, que neste fim de semana tenta, mais uma vez, recolher assinaturas em favor de um referendo sobre a saída de Chávez do poder.
A polarização política na Venezuela já resultou em dezenas de mortos nos últimos dois anos, além de uma tentativa de golpe de Estado, em abril de 2002, e de uma greve geral promovida pela oposição, que paralisou a economia do país entre dezembro de 2002 e fevereiro de 2003.
Em entrevista à Folha nesta semana, um dos principais líderes chavistas, o deputado Willian Lara, disse que o grupo "tem um sério problema interno" por incluir os EUA, país acusado pelo governo de participar da tentativa de golpe, em abril de 2002. Washington nega envolvimento, mas tem criticado duramente Chávez.
Outro ponto de discordância entre Brasil e Venezuela se refere ao Haiti. Chávez acusa os EUA de "seqüestrar e derrubar" o ex-presidente Jean-Bertrand Aristide, que deixou o cargo em fevereiro após uma onda de violentos protestos. O venezuelano não reconhece o governo haitiano.
O Brasil, por outro lado, entende que Aristide renunciou e que houve uma transição constitucional de governo.
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