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01/11/2004
-
21h23
KAMILA FERNANDES
da Agência Folha, em Fortaleza
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) afirmou hoje que o resultado das eleições municipais deste ano, com a derrota do PT nos centros mais politizados do país, como São Paulo e Porto Alegre, foi um sinal de que a classe média urbana está decepcionada com o governo federal e volta a apostar no PSDB.
"Todo mundo quer provar o PT, e quem provou não gostou", disse. "O nosso papel como oposição é muito mais aplaudido do que o do governo do PT como situação. Agora, eleição é um momento. O momento daqui a dois anos será outro completamente diferente. Portanto, eleição municipal não define eleição federal nem de governo do Estado."
Para Tasso, o retorno da classe média ao PSDB --após ter migrado para o PT na eleição de Lula à Presidência, pelo próprio desgaste natural depois de oito anos de governo tucano-- é explicado pela decepção com o desempenho do atual governo, com o não cumprimento de promessas e com o fracasso de políticas públicas, mas não com a política econômica.
"Acho que há uma reprovação ao governo do PT, mas não à política econômica. É ao governo do PT como um todo. O que tem de bom acontecendo, como o crescimento da economia, o crescimento das exportações, é resultado da política macroeconômica, porque a microeconômica é um desastre", disse.
Para o senador, o PT, apesar disso tudo, não sai arrasado da eleição e o PSDB não deve cantar vitória com os resultados. Tasso afirma que a votação dos tucanos consolida o partido como oposição qualificada e aprovada pela população.
"Foi uma consolidação importante do partido nos centros mais formadores de opinião e politizados do país, o que dá ao PSDB uma responsabilidade muito grande, como o partido que realmente vai ter a obrigação, colocada pelas urnas das grandes cidades, de interpretar a voz da oposição."
Assim como fez ao final do primeiro turno, o senador repetiu que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), sai muito fortalecido da campanha, como um potencial candidato à Presidência da República em 2006. Desta vez, porém, o senador ressaltou que não há nada definido sobre a escolha do possível candidato tucano, já que Aécio Neves, governador de Minas Gerais, também está no páreo. Para o senador, o futuro candidato tucano deve ser um governador.
No próprio PSDB, segundo Tasso, a tendência natural é de que o ex-governador Eduardo Azeredo assuma o posto de presidente nacional do partido, que será deixado pelo prefeito eleito de São Paulo, José Serra.
"Será um momento para reorganizar o partido, que está muito animado com o desempenho nas urnas", disse.
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"Todo mundo quer provar o PT, e quem provou não gostou", diz Tasso
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da Agência Folha, em Fortaleza
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) afirmou hoje que o resultado das eleições municipais deste ano, com a derrota do PT nos centros mais politizados do país, como São Paulo e Porto Alegre, foi um sinal de que a classe média urbana está decepcionada com o governo federal e volta a apostar no PSDB.
"Todo mundo quer provar o PT, e quem provou não gostou", disse. "O nosso papel como oposição é muito mais aplaudido do que o do governo do PT como situação. Agora, eleição é um momento. O momento daqui a dois anos será outro completamente diferente. Portanto, eleição municipal não define eleição federal nem de governo do Estado."
Para Tasso, o retorno da classe média ao PSDB --após ter migrado para o PT na eleição de Lula à Presidência, pelo próprio desgaste natural depois de oito anos de governo tucano-- é explicado pela decepção com o desempenho do atual governo, com o não cumprimento de promessas e com o fracasso de políticas públicas, mas não com a política econômica.
"Acho que há uma reprovação ao governo do PT, mas não à política econômica. É ao governo do PT como um todo. O que tem de bom acontecendo, como o crescimento da economia, o crescimento das exportações, é resultado da política macroeconômica, porque a microeconômica é um desastre", disse.
Para o senador, o PT, apesar disso tudo, não sai arrasado da eleição e o PSDB não deve cantar vitória com os resultados. Tasso afirma que a votação dos tucanos consolida o partido como oposição qualificada e aprovada pela população.
"Foi uma consolidação importante do partido nos centros mais formadores de opinião e politizados do país, o que dá ao PSDB uma responsabilidade muito grande, como o partido que realmente vai ter a obrigação, colocada pelas urnas das grandes cidades, de interpretar a voz da oposição."
Assim como fez ao final do primeiro turno, o senador repetiu que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), sai muito fortalecido da campanha, como um potencial candidato à Presidência da República em 2006. Desta vez, porém, o senador ressaltou que não há nada definido sobre a escolha do possível candidato tucano, já que Aécio Neves, governador de Minas Gerais, também está no páreo. Para o senador, o futuro candidato tucano deve ser um governador.
No próprio PSDB, segundo Tasso, a tendência natural é de que o ex-governador Eduardo Azeredo assuma o posto de presidente nacional do partido, que será deixado pelo prefeito eleito de São Paulo, José Serra.
"Será um momento para reorganizar o partido, que está muito animado com o desempenho nas urnas", disse.
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