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02/11/2004
-
21h17
MARIANA CAMPOS
da Agência Folha, em Santos
A candidata derrotada do PT à Prefeitura de Santos (litoral de São Paulo), Telma de Souza, disse hoje que ainda tenta reverter o resultado. O partido aguarda decisão da Justiça Eleitoral sobre três pedidos de cassação da candidatura de João Paulo Tavares Papa (PMDB), que venceu a eleição.
Os pedidos foram feitos antes do segundo turno das eleições, mas ainda não foram julgados. Dois deles ainda aguardam decisão em primeira instância e o terceiro aguarda julgamento no TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
Além disso, segundo Telma, seus advogados estão também "investigando" supostos índices de abstenção "maiores do que o normal" em alguns colégios eleitorais da cidade --especialmente em bairros que concentram a população de renda mais baixa e conhecida por votar, em sua maioria, no PT.
"Se tivermos provas cabais [de alguma irregularidade], com certeza, entraremos com procedimento jurídico", afirmou Telma.
O prefeito eleito de Santos, Papa, afirmou que não considera possível que uma decisão da Justiça Eleitoral possa comprometer o resultado da eleição. "Não vejo a possibilidade de isso acontecer", afirmou.
Segundo o advogado que representa o peemedebista, Tabajara Zunira, as defesas já foram apresentadas. "Esses processos foram iniciados na semana final da eleição, na verdade, para criar um fato político", afirmou.
"Da nossa parte, temos a maior confiança na Justiça Eleitoral, da forma como foi conduzida [a apuração] e da lisura do processo", completou Zuniga.
Surpreendendo a cidade, Papa venceu a eleição em Santos com 1.771 votos de vantagem sobre sua adversária. Ele teve 50,37% dos votos válidos, enquanto Telma ficou com 49,63%. A maior parte das pesquisas indicavam uma vitória petista em Santos.
"É uma perda para o PT, para o presidente Lula e para mim, pessoalmente", afirmou Telma. "Mas isso não quer dizer que não estamos credenciados para mudar situações que não podem mais existir nesta cidade, como por exemplo, a falta de transparência do poder público e a questão da saúde."
Para a candidata, algumas estratégias usadas pelo adversário, como a de sugerir que petistas de outras cidades poderiam migrar para trabalhar em Santos caso o PT ganhasse, podem ter conseguido resultados. Segundo Telma, a derrota foi resultado de "medo de perder emprego, medo de não ter a situação do santista respeitada, inverdades colocadas ao longo da campanha".
Segundo Papa, um dos fatores decisivos para sua vitória no segundo turno foi a coerência de sua campanha, o apoio do PSDB e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
Especial
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Petista derrotada em Santos diz que tenta reverter o resultado nas urnas
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da Agência Folha, em Santos
A candidata derrotada do PT à Prefeitura de Santos (litoral de São Paulo), Telma de Souza, disse hoje que ainda tenta reverter o resultado. O partido aguarda decisão da Justiça Eleitoral sobre três pedidos de cassação da candidatura de João Paulo Tavares Papa (PMDB), que venceu a eleição.
Os pedidos foram feitos antes do segundo turno das eleições, mas ainda não foram julgados. Dois deles ainda aguardam decisão em primeira instância e o terceiro aguarda julgamento no TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
Além disso, segundo Telma, seus advogados estão também "investigando" supostos índices de abstenção "maiores do que o normal" em alguns colégios eleitorais da cidade --especialmente em bairros que concentram a população de renda mais baixa e conhecida por votar, em sua maioria, no PT.
"Se tivermos provas cabais [de alguma irregularidade], com certeza, entraremos com procedimento jurídico", afirmou Telma.
O prefeito eleito de Santos, Papa, afirmou que não considera possível que uma decisão da Justiça Eleitoral possa comprometer o resultado da eleição. "Não vejo a possibilidade de isso acontecer", afirmou.
Segundo o advogado que representa o peemedebista, Tabajara Zunira, as defesas já foram apresentadas. "Esses processos foram iniciados na semana final da eleição, na verdade, para criar um fato político", afirmou.
"Da nossa parte, temos a maior confiança na Justiça Eleitoral, da forma como foi conduzida [a apuração] e da lisura do processo", completou Zuniga.
Surpreendendo a cidade, Papa venceu a eleição em Santos com 1.771 votos de vantagem sobre sua adversária. Ele teve 50,37% dos votos válidos, enquanto Telma ficou com 49,63%. A maior parte das pesquisas indicavam uma vitória petista em Santos.
"É uma perda para o PT, para o presidente Lula e para mim, pessoalmente", afirmou Telma. "Mas isso não quer dizer que não estamos credenciados para mudar situações que não podem mais existir nesta cidade, como por exemplo, a falta de transparência do poder público e a questão da saúde."
Para a candidata, algumas estratégias usadas pelo adversário, como a de sugerir que petistas de outras cidades poderiam migrar para trabalhar em Santos caso o PT ganhasse, podem ter conseguido resultados. Segundo Telma, a derrota foi resultado de "medo de perder emprego, medo de não ter a situação do santista respeitada, inverdades colocadas ao longo da campanha".
Segundo Papa, um dos fatores decisivos para sua vitória no segundo turno foi a coerência de sua campanha, o apoio do PSDB e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
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