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05/04/2005
-
22h46
LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador
Cerca de 800 trabalhadores rurais (200 famílias) ligados à Fetag (Federação dos Trabalhadores na Agricultura) da Bahia invadiram três fazendas no sul do Estado --nas cidades de Una, Ilhéus e Maraú.
Em Una, a propriedade invadida foi a Fazenda Velmonte, desapropriada pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) há mais de dois anos. "Há pouco mais de seis meses, os proprietários da fazenda conseguiram, na Justiça, suspender o processo de desapropriação", disse o superintendente do Incra na Bahia, Marcelino Gallo.
Localizada às margens do rio Una, a fazenda foi invadida na madrugada de ontem por 50 famílias de sem-terra. "O que nós queremos é pressionar o governo para resolver a nossa situação", disse um dos coordenadores da Fetag, Higino José Filho.
Em Ilhéus, os sem-terra invadiram a Fazenda Terra Nova, propriedade de 480 hectares. "As terras têm cacau, mas estão completamente abandonadas há mais de três anos", disse Filho. De acordo com o Incra, o processo de vistoria ainda não foi concluído.
Os sem-terra também invadiram na madrugada de hoje a Fazenda Rio Branco, em Maraú. Com 420 hectares, a propriedade também não foi vistoriada pelo Incra. "A reforma agrária prometida pelo presidente Lula caminha como uma tartaruga", disse Higino Filho.
Na semana passada, cerca de 500 agricultores ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiram uma área federal na Bahia --o canal de irrigação da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco), em Juazeiro (500 km de Salvador).
Outra invasão, também envolvendo integrantes do MST, aconteceu em Itabuna (429 km ao sul de Salvador). Cerca de cem famílias (450 pessoas) voltaram a invadir a Fazenda Conjunto Vitória, localizada a sete quilômetros do centro da cidade. Segundo o MST, as duas propriedades ainda não foram desocupadas. O Incra diz que a fazenda é produtiva.
Desde o início do ano, de acordo com informações do MST, oito fazendas já foram invadidas na Bahia. Em todo o Estado, cerca de 130 mil sem-terra estão à espera de um lote.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o MST
Sem-terra invadem mais três fazendas no sul da Bahia
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da Agência Folha, em Salvador
Cerca de 800 trabalhadores rurais (200 famílias) ligados à Fetag (Federação dos Trabalhadores na Agricultura) da Bahia invadiram três fazendas no sul do Estado --nas cidades de Una, Ilhéus e Maraú.
Em Una, a propriedade invadida foi a Fazenda Velmonte, desapropriada pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) há mais de dois anos. "Há pouco mais de seis meses, os proprietários da fazenda conseguiram, na Justiça, suspender o processo de desapropriação", disse o superintendente do Incra na Bahia, Marcelino Gallo.
Localizada às margens do rio Una, a fazenda foi invadida na madrugada de ontem por 50 famílias de sem-terra. "O que nós queremos é pressionar o governo para resolver a nossa situação", disse um dos coordenadores da Fetag, Higino José Filho.
Em Ilhéus, os sem-terra invadiram a Fazenda Terra Nova, propriedade de 480 hectares. "As terras têm cacau, mas estão completamente abandonadas há mais de três anos", disse Filho. De acordo com o Incra, o processo de vistoria ainda não foi concluído.
Os sem-terra também invadiram na madrugada de hoje a Fazenda Rio Branco, em Maraú. Com 420 hectares, a propriedade também não foi vistoriada pelo Incra. "A reforma agrária prometida pelo presidente Lula caminha como uma tartaruga", disse Higino Filho.
Na semana passada, cerca de 500 agricultores ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiram uma área federal na Bahia --o canal de irrigação da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco), em Juazeiro (500 km de Salvador).
Outra invasão, também envolvendo integrantes do MST, aconteceu em Itabuna (429 km ao sul de Salvador). Cerca de cem famílias (450 pessoas) voltaram a invadir a Fazenda Conjunto Vitória, localizada a sete quilômetros do centro da cidade. Segundo o MST, as duas propriedades ainda não foram desocupadas. O Incra diz que a fazenda é produtiva.
Desde o início do ano, de acordo com informações do MST, oito fazendas já foram invadidas na Bahia. Em todo o Estado, cerca de 130 mil sem-terra estão à espera de um lote.
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