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23/04/2005 - 09h39

"Amigos do MST" marcham em Washington

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FABIANO MAISONNAVE
da Folha de S.Paulo, em Washington

Empunhando as conhecidas bandeiras vermelhas, cerca de 60 simpatizantes do MST marcharam ontem por uma das regiões mais nobres da capital norte-americana para entregar uma carta de apoio à reforma agrária na embaixada brasileira.
Os manifestantes eram, na maioria, estudantes de graduação da American University, de onde saiu a passeata. Também participaram dois irmãos da freira americana naturalizada brasileira Dorothy Stang, assassinada no Pará em fevereiro.

A passeata, de cerca de 40 minutos e realizada sob uma chuva fina e fria, encerrou um evento de dois dias organizado pelo paraguaio Miguel Carter, especialista na questão agrária brasileira, professor da American University e integrante do Amigos do MST, uma rede americana de apoio ao grupo sem-terra.

Diferentemente do que o MST faz no Brasil, a marcha seguiu pela calçada. A manifestação chegou a atrair a atenção do famoso programa jornalístico "60 Minutos", da rede CBS, que enviou uma equipe para o evento.

Um comissão foi recebida pelo embaixador Roberto Abdenur.

Segundo um dos participantes, ele se comprometeu a entregar a carta diretamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os alunos planejavam também acampar no campus, mas a chuva e a inexperiência em fincar as barracas abortaram o projeto. "Aí você percebe as dificuldades do MST. Foi uma boa experiência para avaliar a experiência dos outros", disse Carter.

No encontro realizado na universidade, não faltaram críticas ao governo. "Tínhamos esperanças com a vitória de Lula, mas é preciso mais de uma ou algumas pessoas. É necessário um grupo articulado para fazer as coisas acontecerem. E isso não está acontecendo", disse a irmã americana Barbara English, 71 anos, dos quais 19 no Maranhão, onde trabalhou com Stang.

Os Amigos do MST fizeram uma campanha pela internet para pressionar o governo Lula. Em carta a Lula, o grupo critica a violência no Pará e pede que a reforma agrária seja acelerada.

Em março, oito alunos da universidade estiveram no Rio Grande do Sul para conhecer um acampamento e um assentamento do MST. De quebra, participaram de um bloqueio de estrada e de uma manifestação diante de uma multinacional.

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