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24/04/2005
-
09h11
da Folha de S. Paulo, em Brasília
O ministro da Previdência Social, Romero Jucá, informou, por meio de sua assessoria, que desconhecia o fato de a CPI do Banestado ter investigado o seu ex-suplente, doador de campanha e ex-sócio da empresa de seus filhos, Pedro José de Lima Reis.
O ministro negou ter sido sócio de Reis --houve negócio entre o doleiro e os filhos de Jucá. Segundo a assessoria, os filhos não fizeram desembolsos para entrar na sociedade de uma cadeia de supermercados, ao contrário do que consta na alteração contratual registrada na Junta Comercial de Roraima. Segundo a assessoria, os filhos entraram na sociedade a convite de Reis, mas somente para "avaliar se o negócio valia a pena", e depois saíram.
"Com sete meses eles avaliaram que não era um bom negócio, não queriam vender a fazenda que eles achavam mais lucrativa do que entrar no próprio negócio e resolveram desfazer o negócio", informou a assessoria.
A assessoria considerou normal esse tipo de registro no papel de compra de cotas que não ocorreram na realidade. "Isso, se tiver uma relação com um mínimo de confiança, que se pressupõe [em] qualquer pessoa que queira ficar sócia de outra pessoa, dá para se combinar, eu não vejo grandes problemas", informou.
Ainda segundo a assessoria, o dinheiro para a entrada da sociedade viria da venda de uma fazenda da Societat. "Com esse dinheiro, então, que eles entrariam na sociedade, onde foi examinado tudo por dentro, para ver se o negócio valeria a pena sem compromisso de fechamento. Se, por um acaso, o negócio se mantivesse, teriam um período máximo de 12 meses para avaliar a situação."
A respeito da quebra de sigilo de Reis pela CPI do Banestado, a assessoria informou: "A CPI somente foi instalada em 2003, entre 2003 e 2004, e essa pessoa, Pedro José Reis, deixou de ser suplente dele na eleição de 2002. Quando a CPI começou, não era suplente".
"Com relação a tudo o que foi investigado pela CPI, ele [Jucá] pessoalmente não teve conhecimento, porque justamente corre sob segredo [de Justiça]. Apesar de ser parlamentar, ele não sabe o que foi colocado pela CPI do Banestado", informou a assessoria. Sobre as doações de campanha eleitoral, Jucá disse que elas "são livres, e nada há de irregular".
O doleiro Lima Reis não foi localizado, ao longo da semana passada, para falar sobre o assunto. Um assessor, localizado por telefone por três vezes em dias diferentes, informou que ele estava "na Venezuela" e sem "qualquer contato".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Romero Jucá
Ministro nega que tenha sido sócio de seu ex-suplente
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O ministro da Previdência Social, Romero Jucá, informou, por meio de sua assessoria, que desconhecia o fato de a CPI do Banestado ter investigado o seu ex-suplente, doador de campanha e ex-sócio da empresa de seus filhos, Pedro José de Lima Reis.
O ministro negou ter sido sócio de Reis --houve negócio entre o doleiro e os filhos de Jucá. Segundo a assessoria, os filhos não fizeram desembolsos para entrar na sociedade de uma cadeia de supermercados, ao contrário do que consta na alteração contratual registrada na Junta Comercial de Roraima. Segundo a assessoria, os filhos entraram na sociedade a convite de Reis, mas somente para "avaliar se o negócio valia a pena", e depois saíram.
"Com sete meses eles avaliaram que não era um bom negócio, não queriam vender a fazenda que eles achavam mais lucrativa do que entrar no próprio negócio e resolveram desfazer o negócio", informou a assessoria.
A assessoria considerou normal esse tipo de registro no papel de compra de cotas que não ocorreram na realidade. "Isso, se tiver uma relação com um mínimo de confiança, que se pressupõe [em] qualquer pessoa que queira ficar sócia de outra pessoa, dá para se combinar, eu não vejo grandes problemas", informou.
Ainda segundo a assessoria, o dinheiro para a entrada da sociedade viria da venda de uma fazenda da Societat. "Com esse dinheiro, então, que eles entrariam na sociedade, onde foi examinado tudo por dentro, para ver se o negócio valeria a pena sem compromisso de fechamento. Se, por um acaso, o negócio se mantivesse, teriam um período máximo de 12 meses para avaliar a situação."
A respeito da quebra de sigilo de Reis pela CPI do Banestado, a assessoria informou: "A CPI somente foi instalada em 2003, entre 2003 e 2004, e essa pessoa, Pedro José Reis, deixou de ser suplente dele na eleição de 2002. Quando a CPI começou, não era suplente".
"Com relação a tudo o que foi investigado pela CPI, ele [Jucá] pessoalmente não teve conhecimento, porque justamente corre sob segredo [de Justiça]. Apesar de ser parlamentar, ele não sabe o que foi colocado pela CPI do Banestado", informou a assessoria. Sobre as doações de campanha eleitoral, Jucá disse que elas "são livres, e nada há de irregular".
O doleiro Lima Reis não foi localizado, ao longo da semana passada, para falar sobre o assunto. Um assessor, localizado por telefone por três vezes em dias diferentes, informou que ele estava "na Venezuela" e sem "qualquer contato".
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